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Suspeito de matar policial militar em atentado na zona sul é preso

Polícia diz que digitais de foragido foram encontradas no carro usado para matar soldado, na sexta

Denúncia anônima leva PM a homem que fugiu de prisão no interior de São Paulo dominada por grupo criminoso

Zanone Fraissat/Folhapress
Policiais ontem em rua do Jardim Santa Helena, na zona leste de São Paulo, após tiroteio
Policiais ontem em rua do Jardim Santa Helena, na zona leste de São Paulo, após tiroteio

VANESSA CORREA
ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO

As polícias Civil e Militar anunciaram ontem a prisão de um foragido da Justiça investigado sob suspeita de participação na morte de um dos seis PMs na Grande São Paulo entre os dias 13 e 23.

Até agosto de 2011, Douglas de Brito Silva, 23, cumpria pena por roubo, tráfico e formação de quadrilha no presídio de Reginópolis (a 423 km de SP) quando foi beneficiado pela saída temporária do Dia dos Pais e não retornou.

A prisão é dominada pelo grupo criminoso PCC (Primeiro Comando da Capital).

Segundo policiais civis, existe a suspeita que o criminoso tenha recebido missão de matar para quitar dívidas com a facção criminosa.

Silva foi preso pela PM na noite de sábado, na zona sul de São Paulo, após uma denúncia anônima indicar que ele tinha participação na morte do soldado da PM Osmar Santos Ferreira, 31.

Silva estava com documentos falsos. Ao analisar as impressões digitais dele, a polícia descobriu que coincidiam com as achadas em um carro usado pelos assassinos do PM.

A Folha não teve acesso a Silva, que não tinha advogado de defesa até a conclusão desta edição. Ele também não havia sido interrogado.

Desde sexta, os cerca de 100 mil PMs de São Paulo estão em alerta por conta das seis mortes de policiais.

Mesmo assim, foram registrados casos de tiros disparados contra carros da polícia.

Na madrugada de ontem, um tiroteio em São Miguel Paulista, na zona leste, deixou um sargento ferido e um suspeito morto.

A polícia apura se as mortes são retaliação do PCC contra a operação da Rota que matou seis homens em maio.

Anderson Minhano foi preso e morto após ter sido torturado. Ele era suspeito de ter matado um PM. Três PMs acusados de matar Minhano foram presos.

Há, ainda, a suspeita de que a transferência, na semana passada, de Roberto Soriano, um dos chefes do PCC, para o presídio de Presidente Bernardes (a 580 km de SP)tenha relação com os crimes. Ao ser questionado sobre a possível retaliação do PCC, o delegado Jorge Carrasco, chefe do DHPP (departamento de homicídios) disse que nenhuma hipótese é descartada.

O comandante-geral da PM, coronel Roberval Ferreira França, criticou ontem as entidades de direitos humanos e a Defensoria, de quem disse sentir falta de apoio por conta das mortes dos PMs.

Sem dar chance a perguntas, França disse defender a redução da maioridade penal para 16 anos e revisão da saída temporária de presos.

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