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Prefeitura estuda o tombamento do Paineiras

Local foi projetado pelos arquitetos Paulo Bastos e Carlos Barjas Millan

Clube no Morumbi é contra tombamento, que prevê que todas as obras precisam passar por aprovação antes

DE SÃO PAULO

A prefeitura abriu estudo para avaliar o tombamento do Clube Paineiras do Morumby. A reportagem da Folha tomou conhecimento do caso pelo Folhaleaks, canal criado para receber informações e documentos.

Mas o clube não quer ser patrimônio histórico. A administração tenta evitar a medida, que submeterá ao Conpresp (patrimônio histórico municipal) qualquer obra.

Para o Paineiras, a ideia parte de "premissas equivocadas", como o prédio da sede ser projetado exclusivamente pelo arquiteto Carlos Barjas Millan (1927-1964).

Segundo o Paineiras, o projeto original de Millan foi "totalmente" modificado por outro arquiteto antes de ser construído. Além disso, o Paineiras diz que apenas "20% das construções" são de Millan, entre elas piscinas sociais e vestiários.

Mas, para o Conpresp, o clube é um bem cultural relevante por ter sido projetado também pelo arquiteto Paulo Bastos, morto em fevereiro. Também pesa a importância do Paineiras no processo de ocupação do Morumbi. O conselho diz que já começou um "diálogo" com o clube.

Assim como Millan, Bastos foi um dos nomes importantes do brutalismo paulistano, que enfatiza o uso do concreto armado nas construções.

Para Lúcio Gomes Machado, professor da FAU-USP e ex-membro do conselho estadual do patrimônio histórico, é necessário preservar um dos poucos projetos públicos de Carlos Millan.

O Folhaleaks é um canal (folhaleaks.folha.com.br) criado para receber informações que possam merecer uma investigação jornalística. Podem ser enviados tex­tos e arquivos.

(VANESSA CORREA)

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