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Demora na regulamentação é injustificada, dizem entidades DE BRASÍLIAEntidades da saúde que acompanham a regulamentação da lei antifumo se dizem apreensivas com a demora, tida como injustificada. "Sabemos que o lobby não acaba quando uma lei é votada ou sancionada", afirma Alberto Araújo, presidente da comissão de tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia, uma das entidades que assinaram a carta enviada ao governo neste mês. Para Paula Johns, da ONG ACT (Aliança de Controle do Tabagismo), o governo precisa mostrar que está comprometido com a lei antifumo. Apesar de impactarem mais em Estados que não têm leis antifumo próprias, a regra é aguardada por todos. "Em São Paulo, por decisão judicial, a charutaria pode permitir o consumo de cigarro e charuto. Queremos usar a lei federal e ter 100% dos estabelecimentos livres do fumo", diz Maria Cristina Megid, da vigilância sanitária paulista. O Ministério da Saúde tem recebido, por outro lado, argumentos contrários à lei. "A regulamentação pode, eventualmente, flexibilizar a norma", defende Edson Pinto, diretor de relações institucionais da Abresi (que reúne o segmento de hospedagem, gastronomia e turismo). Ele diz que a demanda do setor é para que a regulamentação permita que estabelecimentos como bares e restaurantes mantenham as áreas específicas para os fumantes, desde que isoladas e sinalizadas. Assim, continua ele, o cliente poderia optar. PROPAGANDA Outro tema que mobiliza entidades contra a nova lei é a restrição à publicidade nos pontos de venda de cigarro. O argumento usado para sensibilizar o ministério é o de que a falta da propaganda vai aproximar os locais formais de venda com os informais e, assim, favorecer o contrabando e a venda ilegal de cigarro e derivados. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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