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Transferência de pacientes não foi avisada para evitar protestos no RJ

Secretário confirma que parentes não sabiam de mudança de hospital

DO RIO

A Secretaria Estadual de Saúde adotou a estratégia de transferir pacientes sem aviso prévio a familiares para escapar de protestos pelo fechamento do Hospital do Iaserj (Instituto de Assistência aos Servidores do Estado do Rio).

Ao justificar a mudança de 30 pacientes na madrugada de domingo para o Hospital Getúlio Vargas, o secretário Sérgio Côrtes reconheceu que o plano era evitar manifestações contrárias à transferência. "Já havíamos detectado troca de mensagens nas redes sociais e de panfletos por parte de servidores marcando manifestações. Decidimos fazer a transferência desta forma para preservar os pacientes", afirmou Côrtes.

O secretário afirmou que a "transferência de pacientes foi planejada e discutida". Entretanto, parentes dos pacientes disseram que foram excluídos no planejamento.

Na entrada do Getúlio Vargas, muitos reclamaram da remoção repentina, sem consentimento. "Como eu iria autorizar a transferência do meu pai entubado, respirando com auxílio de aparelho?", disse a auxiliar de creche Irene de Oliveira, preocupada com o estado do pai, Braz Peres de Oliveira, 86.

O terreno do hospital foi cedido pelo Estado ao Inca (Instituto Nacional do Câncer). No local será construído um centro de tratamento e pesquisa do câncer.

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