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Morte de italiano é mais uma na escalada da violência, diz secretário

Para Ferreira Pinto, da Segurança, assassinato de bancário é parte do aumento da criminalidade

Pais estão no Brasil para levar corpo; São Paulo era a 'cidade dos sonhos' para a vítima, segundo jornal italiano

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DE SÃO PAULO

O secretário de Segurança de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto, disse ontem que a morte do italiano Tomasso Lotto, 26, ocorrida no sábado no Itaim Bibi (zona oeste), é mais um crime dos vários que ocorrem na cidade.

"É um a mais que ocorre na capital. A gente lamenta, o DHPP [Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa] e o Deic [Departamento de Investigações Contra o Crime Organizado] estão fazendo todas as investigações para elucidar esse crime. Mas isso ocorre lá [no Itaim Bibi], ocorre na Cidade Tiradentes, ocorre em Itaquera. Lamentavelmente é a escalada da violência."

Lotto chegou ao Brasil na sexta-feira. No sábado, estava no carro de um amigo -um advogado espanhol que vive em São Paulo (leia texto nesta página)- quando eles foram atacados por dois homens numa moto no cruzamento das avenidas 9 de Julho e São Gabriel.

Eles bateram no vidro e anunciaram o assalto. Lotto, que não entendia português, tentou sair do veículo e foi baleado no tórax. Os dois criminosos fugiram. A polícia ainda não tem pistas deles.

O corpo de Lotto será enviado até o final da semana para a Itália. Os pais dele chegaram ontem a São Paulo. Eles estiveram de manhã no consulado italiano, mas não quiseram falar com a imprensa.

A vítima era de Vicenza, cidade no Norte da Itália.

'LUGAR DOS SONHOS'

O lugar dos seus sonhos. É assim que Lotto descrevia São Paulo, segundo relata o "Il Giornale di Vicenza", periódico da cidade natal do italiano.

Bancário, ele conheceu a cidade há três meses e decidiu estabelecer-se na capital paulista. Voltou na sexta após duas semanas de férias na região da Puglia, no sul da Itália.

Além de já estar estudando português, ele já tinha feito amigos na cidade, de acordo com o jornal.

Formado em economia no prestigiado instituto milanês Bocconi (cujo semestre acadêmico chega a custar mais de € 10 mil, ou cerca de R$ 25,5 mil), Lotto trabalhou no BNP Paribas e, depois, no banco de investimentos japonês Nomura, em Londres.

Tanto "Il Giornale di Vicenza" quanto o jornal "Corriere della Sera" destacaram que os assaltantes que abordaram o carro em que ele estava conseguiram fugir de moto em meio ao "labirinto" formado pelo trânsito "caótico" da cidade.

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