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Posto de controle na fronteira possui brechas

DO ENVIADO A URUGUAIANA

Moradores da fronteira dizem que é comum encontrar asiáticos e africanos, tanto no lado brasileiro quanto no argentino.

Imigrantes de outros países sul-americanos também costumam tentar entrar via Uruguaiana.

Neste ano, uma família de colombianos foi barrada por não ter meios de se manter no Brasil.

"Já teve dia em que chegaram uns 15 africanos em um só ônibus", conta o taxista Ramon Sosa, de Paso de Los Libres, cidade do lado argentino.

Em março, foi preso um brasileiro que abrigava oito senegaleses em casa, dois deles clandestinos.

Só em Uruguaiana, são 90 km de rio separando os dois países. Nas duas margens, quase todo morador possui um pequeno barco.

No controle migratório, há brechas -o trâmite não costuma ser feito, por exemplo, quando o veículo tem placas de Uruguaiana.

ALBERGUES

A secretária de Assistência Social da cidade, Elisabeth Felice, diz que há imigrantes clandestinos que têm algum recurso e contratam ajuda ilegal e outros que chegam em situação de pobreza extrema.

Eles acabam recorrendo a um albergue público do município.

Se estão no país sem autorização, policiais costumam ser avisados, e os clandestinos correm risco de deportação.

"Eles sempre dizem que foram assaltados e perderam os documentos", diz. Felice afirma que a situação já aconteceu com bolivianos e peruanos recentemente.

A Folha procurou representantes da polícia argentina na fronteira para comentar o assunto, mas os policiais afirmaram que não tinham autorização para entrevistas e que só o Judiciário local poderia falar sobre o caso, mas ninguém foi localizado.

(FB)

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