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Ruy de Freitas (1916-2012)

O medalhista de Copacabana

RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO

No dia em que a seleção masculina era derrotada pela Rússia a quatro segundos do fim e conhecia o primeiro resultado negativo nos Jogos Olímpicos de Londres, o basquete brasileiro perdia um dos seus mais antigos ícones.

Ruy de Freitas, ou apenas Tio Ruy, integrou o time que conquistou mais de 60 anos atrás, no mesmo palco de hoje, a primeira medalha olímpica do país na modalidade.

Com o armador nascido em Macaé e que passou a vida toda no Rio de Janeiro, o Brasil foi bronze nos Jogos de 1948. Também se sagrou bicampeão sul-americano e foi quarto no Mundial de 1950.

"O Kanela [técnico mais vitorioso da seleção] sempre nos dizia que ele havia sido uma referência", diz Amaury Pasos, bicampeão mundial com o Brasil, em 1959 e 1963.

Tio Ruy abandonou as quadras em 1952. Voltou à seleção três anos depois como técnico. A experiência foi curta. Durou só oito jogos.

Passou a se dedicar à Caixa Econômica, onde trabalhou até se aposentar.

As memórias do passado olímpico eram lembradas duas vezes por semana nos encontros do Combinado Copacabana, grupo com ex-jogadores de 1948 e descendentes que se reúne até hoje para peladas de basquete e chope.

Há sete anos e com mal de Parkinson, parou de frequentar os encontros. Morreu na quinta-feira, aos 95, devido a falência múltipla de órgãos provocada por pneumonia. Deixa viúva, Rosa, e dois filhos de criação, do primeiro casamento da mulher.

A missa de sétimo dia será realizada depois de amanhã, na Igreja Divina Providência, no Jardim Botânico, Rio de Janeiro, a partir das 19h30.

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