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Corpos dos jovens são enterrados no mesmo cemitério

DO RIO

Os corpos dos seis adolescentes assassinados na Baixada Fluminense no último final de semana foram enterrados ontem na mesma quadra do cemitério de Olinda, em Nilópolis, na Baixada Fluminense.

Cerca de 500 pessoas acompanharam a cerimônia, marcada pela desolação e pela revolta de parentes e amigos dos jovens.

Os corpos foram enterrados sob seis salvas de palmas sucessivas.

O pedreiro Ceudes Vieira do Espírito Santo, 42, que há dois dias foi impedido por criminosos de entrar na favela da Chatuba para procurar o filho, Christian de França Vieira, 19, pediu justiça. O jovem era amigo de infância das outras cinco vítimas.

"A morte deles não vai ficar impune. Queremos justiça. Vamos descobrir quem fez essa maldade e essas pessoas terão que responder por isso", disse, aos gritos, depois de abraçar o caixão do filho.

O pai do rapaz também criticou a falta de segurança no parque de Gericinó.

"Nem o Exército nem a PM entram ali. Os garotos saíram para tomar um banho de cachoeira e não voltaram mais."

Muito emocionada, Camila Searles, 22, prima de Josias Searles, 16, disse que o adolescente completava o segundo ano do ensino médio com o sonho de seguir carreira no Exército. "Ele sempre dizia que queria ser PQD, admirava muito os paraquedistas."

Apenas uma das família dos jovens pôde arcar com as despesas. As outras tiveram apoio da Prefeitura de Nilópolis, que também providenciou ônibus para o transporte de parentes e amigos até o cemitério.

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