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Conselho de veterinária veta venda de consultas por sites Medida atinge promoções de compras coletivas oferecidas pela internet Banhos e tosas estão liberados; veterinários que insistirem em promoções podem ser punidos, diz conselho JOHANNA NUBLATDE BRASÍLIA Decisão do Conselho Federal de Medicina Veterinária vetou, nesta semana, a oferta de serviços como consultas e vacinas em sites de compras coletivas. O profissional que insistir nesse tipo de promoção estará sujeito a sanções que vão de advertência à cassação. Segundo o conselho, "o exercício da profissão mostra-se incompatível" com o modelo de compras em massa e os descontos praticados. A entidade também rejeitou propagandas que informem o valor dos procedimentos ou forma de pagamento. Em buscas na internet, é possível identificar ofertas tentadoras para os "pets". Em Belo Horizonte, por exemplo, uma oferta, já encerrada, anunciou a economia de 67% no valor do pacote de consulta com veterinário e limpeza de tártaro. Dos R$ 270, saía por R$ 89. Em João Pessoa, uma consulta e um eletrocardiograma passaram de R$ 120 para R$ 48. A Folha encontrou diversas outras ofertas encerradas envolvendo consultas, vacinas e exames para bichos. Entre as ofertas ainda ativas, no entanto, só encontrou banhos, tosas, limpezas de ouvido e produtos, que são liberados por não serem serviços médico-veterinários. "Você pode promover banho e tosa, é prestação de serviços. Mas vacina e consulta, não. É uma condição antiética e invade o espaço criminal, porque você está competindo de forma desleal", afirma o presidente do conselho, Benedito Fortes de Arruda. Segundo ele, a variação de preços entre diferentes clínicas e bairros é natural, mas é "desonestidade" praticar esse tipo de desconto sem bases justificáveis. "Você tem que capitalizar os clientes por competência", afirma. Outro argumento citado pelo conselho é a tentativa de evitar a mercantilização do atendimento veterinário. Segundo Arruda, os conselhos regionais serão mobilizados para fiscalizar as ofertas. O Groupon, um dos três maiores sites de compra coletiva, em que promoções de vacinação e consultas encerradas aparecem para várias cidades, diz que não oferece mais esse produto desde 2011. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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