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Análise

Domingo se torna a opção final para motoristas

O atraso admissível passa a ter, como unidade de referência, não mais os minutos, mas, sim, as horas

CRESO DE FRANCO PEIXOTO
ESPECIAL PARA A FOLHA

A projeção dos sistemas viários leva em conta a demanda e a capacidade, além de fatores econômicos, sociais, ambientais e políticos.

Esse cálculo inclui, ainda, as estimativas de congestionamentos.

O excesso de carros nas ruas, no entanto, está gerando o esgotamento dos sistemas.

O atraso admissível calculado pelos projetistas passa a ter, como unidade de referência, não mais os minutos, mas, sim, as horas.

Enquanto a média nacional é de quatro habitantes por veículo, nas grandes cidades -incluindo São Paulo-, a motorização se altera para 1,6 habitante por veículo.

A rara ausência de espaços entre veículos para cruzar esquinas sem semáforo é o prenúncio desse esgotamento.

A falta de solução do "rodoviarismo" está finalmente perceptível aos usuários.

A consequência disso é que, à medida que os picos de tráfego se saturam e o vale entre eles também se esgota, o motorista mais flexível busca a única alternativa: o fim de semana, a derradeira saída.

Sábados e domingos viram opção para compras e para aquele usuário que precisa trabalhar mais.

Em São Paulo, a situação é agravada pela falta de vias paralelas de alta capacidade e metrô espraiado, comuns na irmã Nova York.

CRESO DE FRANCO PEIXOTO é professor do curso de engenharia civil do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana) e mestre em Transportes

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