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Livro de fotos mostra presídio que abrigou Graciliano e Olga

AMANDA KAMANCHEK
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Para resgatar a memória de um presídio que teve personalidades ilustres dentro de suas celas, o artista Carlos Vergara lança hoje o livro de fotografias "Liberdade", sobre o Complexo Presidiário da Frei Caneca, demolido em 2010, no Rio de Janeiro.

Não por coincidência, o lançamento acontece às 14h, no Memorial da Resistência de São Paulo, uma vez que o edifício já foi sede do Deops (Departamento Estadual de Ordem Política e Social).

O presídio do Rio, construído em 1833, é considerado o mais antigo do país e teve a comunista Olga Benário e o escritor Graciliano Ramos como detentos, entre ladrões, assassinos, doentes mentais e outros militantes.

De seu ateliê no bairro carioca de Santa Teresa, Vergara conseguia ver os prédios do complexo carcerário, até que o governo do Estado decidiu demolir todo o complexo. Nesse momento, o artista decidiu fotografar o local.

No livro, Vergara revela o presídio por meio de fotos e pinturas dos prédios já abandonados, incluindo restos de camas de cimento e paredes desenhadas com expressões de raiva e desespero.

Sobre o modelo carcerário brasileiro, Vergara é incisivo. "O modelo não corrige ninguém, não melhora ninguém, não salva ninguém. É uma escola de marginais", diz.

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