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O legado de um massacre

Como diversos artistas encontraram munição criativa dentro das grades do então maior presídio da América Latina

LITERATURA

ESTAÇÃO CARANDIRU
DRAUZIO VARELLA

SOBREVIVENTE ANDRÉ DU RAP
ANDRÉ DU RAP

O livro de Varella (1999) conta seu dia a dia como médico voluntário no Carandiru a partir de 1989, fechando com um relato do massacre de 1992. Vendeu mais de 500 mil cópias e foi nomeado Livro do Ano na categoria não-ficção do Prêmio Jabuti de 2000. Em 2002, o jornalista Bruno Zeni ajudou o ex-detento André du Rap a relatar suas memórias. André narra que, no massacre, teve de se esconder sob os corpos de colegas mortos

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MÚSICA

APOLOGIA AO CRIME
DETENTOS DO RAP

DIÁRIO DE UM DETENTO
RACIONAIS MC'S

HAITI
CAETANO VELOSO E GILBERTO GIL

Os Detentos do Rap, banda surgida dentro do Carandiru, descreviam o lugar como "maldade no ar e droga na veia".Os Racionais MC's diziam que, com o massacre, "Adolph Hitler sorriu no inferno", num clipe que assolou a MTV em 1998. Caetano e Gil acusaram São Paulo de ter reagido com um "silêncio sorridente"

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CINEMA

O PRISIONEIRO DA GRADE DE FERRO
PAULO SACRAMENTO

CARANDIRU
DE HECTOR BABENCO

Documentário e ficção retrataram o Carandiru.
O filme de Hector Babenco (2003) contou com elenco estelar e era uma adaptação do livro de Varella. Bateu recorde de público em seu lançamento. Já Paulo Sacramento entregou câmeras nas mãos dos detentos e obteve um retrato realista da vida na casa de detenção

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TEATRO

SALMO 91
DIB CARNEIRO

APOCALIPSE 1, 11
GRUPO TEATRO DA VERTIGEM

Carneiro, em 2007, adaptou para o teatro o livro de Varella, numa polêmica obra composta por dez monólogos. A peça do Teatro da Vertigem fez menção ao massacre de 1992 desde seu título, relembrando os 111 mortos. Em 2000, sucessivas rebeliões impediram que ela fosse encenada no Carandiru, usando os próprios detentos como atores

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MODA

TALENTOS APRISIONADOS
MARCELO SOMMER

Em dezembro de 1999, o estilista Marcelo Sommer inovou: realizou um desfile de moda dentro do pavilhão 6 do Carandiru, utilizando travestis detentas como modelos. O desfile contou com uma produção completa, com peças de roupas exclusivas, DJs, iluminadores e até Rita Cadillac, e foi parte do projeto "Talentos Aprisionados"

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ARTES PLÁSTICAS

111
NUNO RAMOS

Nuno Ramos, famoso artista plástico, fez a instalação "111" para homenagear os 111 mortos no Carandiru. Colocou 111 tijolos no chão, com o nome de cada um dos 111 mortos. Foi exposto na Bienal de 1993

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