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Para disfarçar, maconha vira morango nos relatos da facção

DE SÃO PAULO
DO “AGORA”

Pera, figo e morango são frutas, certo?

Não para o PCC. Para tentar enganar as autoridades, os criminosos usam os nomes dessas frutas para denominar as drogas que vende em suas bocas de fumo.

Maconha vira morango, pedra (de crack) é pera e farinha (gíria para cocaína), figo.

A cebola é um falso nome para mensalidade. Tem essa denominação porque a pessoa "chora" para pagar.

Em parte dos 400 documentos a que a Folha teve acesso, estão ainda outros nomes que são usados como forma de disfarce.

Os bandidos chamam os advogados de gravatas, os veículos são os pés de borracha, o dinheiro é arame, as armas são ferramentas, os recados repassados a outros comparsas são as pipas, as informações enviadas a toda a facção ou a grupos específicos são os salves, os imóveis do bando chamam-se tijolos.

As funções ocupadas por membros do grupo criminoso também têm apelidos. O vapor é quem vende a droga. O campana é o olheiro da boca-de-fumo. O toca é aquele que esconde a droga em sua casa. Além disso, tem o sintonia (uma espécie de chefe e contato de determinado setor da facção) e os torres (os que mandam em presídios ou em alas de penitenciárias).

(RP, AB E JJ)

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