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George Eiten (1923-2012)

Classificou as plantas do cerrado

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

George Eiten já tinha em mente se mudar para algum país tropical após se formar em seu país. O taxonomista graduou-se na Universidade Cornell e fez o mestrado e o doutorado em biologia vegetal na Universidade Columbia.

Quando trabalhava no Jardim Botânico de Nova York, conheceu o diretor do similar em São Paulo, que o convidou a vir trabalhar no Brasil. Em 1959, desembarcou no país, sem dominar o português.

Passou alguns anos na capital paulista antes de se mudar para Brasília. Da UnB acabaria sendo professor emérito e fundaria, na instituição, o departamento de botânica.

Como taxonomista, descreveu, identificou e classificou inúmeras plantas do cerrado.

Mesmo tendo se aposentado na década de 90 e se afastado das atividades, a universidade diz que ainda manteve em seu herbário (local onde é abrigada a coleção de plantas dessecadas para pesquisa) uma sala com seus pertences.

Segundo a mulher, Aparecida, com quem George viveu nos últimos 32 anos, o professor norte-americano dedicou-se integralmente à UnB desde 1975. Após a aposentadoria, ainda orientou alunos da pós.

Era um homem sério e tímido, como é descrito pela mulher. Não teve filhos, mas assumiu o filho de Aparecida, fruto de um casamento anterior, como se fosse o seu.

Há seis anos, teve o último AVC (acidente vascular cerebral) de uma série de cinco. Parou de falar e não se interessava mais pelas coisas.

Há dois anos, não conseguia mais se comunicar. Após sofrer uma queda, pegou pneumonia e infecção. Morreu na terça-feira (25), aos 88 anos, de falência de órgãos.

coluna.obituario@uol.com.br

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