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Francisco José Lustosa da Costa (1938-2012)

Jornalista, escritor e biblioteca

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Quando prefeito de Sobral (CE), Cid Gomes inaugurou em 31/12/ 2004, como última obra do mandato, a Biblioteca Municipal Lustosa da Costa, em homenagem ao jornalista Francisco José Lustosa da Costa, que ainda estava vivo.

Francisco, que ficou conhecido pelo sobrenome, encheu-se de orgulho. Vivia indo ao local, doava livros e fazia campanha para os amigos fazerem o mesmo.

Nascido em Cajazeiras (PB), passou a infância e a adolescência na cidade cearense, onde desde jovem começou a trabalhar em jornais.

Por volta dos 17 anos, mudou-se para Fortaleza, para estudar direito. Chegou a trabalhar na área, como procurador de um instituto de previdência da cidade, mas nunca abandonou o jornalismo.

Foi editor do "Correio do Ceará" e do "Unitário". Ficou em Fortaleza até 1974, quando se transferiu para Brasília. Lá, trabalhou em "O Estado de S. Paulo" e "Correio Braziliense".

Como escritor, publicou mais de 20 livros, entre contos, crônicas e análises políticas. Ainda mantinha uma coluna no "Diário do Nordeste".

Em Sobral, recebeu o título de doutor honoris causa pela Universidade Estadual Vale do Acaraú, como lembra o irmão Frederico, que o descreve como irônico e de humor refinado, até nos textos.

Nos últimos anos, passou por duas cirurgias cardíacas. Como não queria dar trabalho a ninguém, pagou há uma década a própria cremação. Morreu na quarta (3), aos 74, de câncer. Teve quatro filhos e dois netos. A família quer jogar as cinzas no rio Acaraú, em cujas margens está a biblioteca.

coluna.obituario@uol.com.br

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