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Mortes de crianças caem após 'lei da cadeirinha', indica estudo

Queda foi de 23% entre menores de 10 anos; norma vale desde 2010

DE BRASÍLIA

A "lei da cadeirinha", em vigor desde setembro de 2010, parece ter revertido uma tendência de alta no número de mortes de crianças menores de dez anos em acidentes de trânsito.

Estudo divulgado ontem pelo Ministério da Saúde indica que as mortes de crianças dessa idade transportadas em carros e caminhonetes caíram 23% no ano seguinte à vigência da regra em comparação ao ano anterior.

Foram 296 mortes entre 1º de setembro de 2009 e 31 de agosto de 2010 e outras 227 nos 12 meses seguintes.

O trabalho ressalva o curto intervalo de tempo analisado e pondera a influência de outros fatores na queda, mas recomenda ampliar o cumprimento da norma.

"É muito provável que seja um impacto positivo da lei", diz Leila Garcia, técnica do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e uma das autoras do estudo.

Essa avaliação é reforçada pelo ministro Alexandre Padilha (Saúde). "Temos um dado concreto. É a primeira vez que temos um registro de queda, vínhamos com registros crescentes de mortes. E o único fator que gera a queda é a 'lei da cadeirinha'."

Nos quatro anos anteriores ao início da lei, o número de mortes na faixa etária estudada cresceu 24%.

Essa norma fixou regras para o transporte de crianças de até dez anos -a depender da idade, é preciso usar bebê conforto, cadeirinha, "booster" ou o próprio cinto de segurança.

Um levantamento anterior feito pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) já tinha indicado um impacto positivo da nova norma.

No primeiro semestre de 2011 -já na vigência da "lei da cadeirinha"-, houve redução de 41,2% nas mortes de crianças menores de sete anos nas rodovias federais em comparação com o primeiro semestre de 2010.

(JOHANNA NUBLAT)

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