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Performance na avenida Paulista critica 'aprisionamento ao trabalho'

Avener Prado/Folhapress
Grupo de atores vestidos como "executivos de pedra" faz performance na av. Paulista, centro financeiro de São Paulo
Grupo de atores vestidos como "executivos de pedra" faz performance na av. Paulista, centro financeiro de São Paulo

DE SÃO PAULO

Vinte e cinco executivos deixaram entre assustados e curiosos muitos dos paulistanos que caminhavam ontem pela avenida Paulista (centro de São Paulo) no aferventado horário de almoço.

Até quem passava de carro por volta das 13h30 desacelerou para vê-los.

O que chamava a atenção no grupo é que todos, metidos em roupas sociais (homens de paletó e gravata; mulheres em tailleurs e saltos altos), pareciam feitos de pedra, andavam lentamente com os olhos vendados e não manifestavam qualquer emoção.

Nem sequer respondiam a quem os abordava para saber o que aquilo significava.

Os 25 executivos, cada um coberto por 5 kg de argila, eram atores que responderam a um chamado que vinha sendo feito pelos grupos teatrais Desvio Coletivo e Coletivo Pi desde agosto, na internet.

A caminhada "Executivos de Pedra" teve coordenação dos professores Marcos Bulhões e Marcelo Denny, do Laboratório de Práticas Performativas da USP (Universidade de São Paulo).

Segundo a atriz Natália Vianna, 26, que integra os dois coletivos e que trabalhou como produtora na performance, a ação visava criticar o "aprisionamento ao trabalho", que deixa diariamente as pessoas "paralisadas".

A inspiração para a performance, segundo os organizadores, foi tirada do quadro "Os Cegos", do pintor holandês Pieter Bruegel (1525-1569).

A caminhada, que começou vagarosamente na altura do parque Trianon, por volta das 12h30, e seguiu até a rua da Consolação, foi gravada e será transformada em vídeo performance na internet.

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