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Previsível, final de novela marca 51 pontos

"Avenida Brasil" teve faturamento recorde de R$ 2 bilhões, segundo levantamento feito pela revista "Forbes"

Carminha, a vilã da trama e a assassina de Max, se redime voltando a viver no lixão após 3 anos presa

DE SÃO PAULO

Nenhum dos grandes times de futebol da capital paulista disputou uma partida na noite de ontem.

Ainda assim, em alguns bairro da cidade, explosões de fogos de artifício, típicas dos gols de campeonato, pontuaram o último capítulo da novela "Avenida Brasil".

O desfecho da trama de João Emanuel Carneiro, que reuniu pessoas em festas privadas e em bares com telões, seguiu um roteiro previsível: a redenção da vilã protagonista e muitos finais felizes.

Exibido pela TV Globo a partir das 21h12, ao longo de 1h43, o episódio marcou uma média de 51 pontos (cada ponto equivale a 60 mil domicílios na Grande São Paulo), segundo dados preliminares do Ibope.

Os picos de audiência chegaram a marcar 53 pontos. E sete de cada dez televisores ligados na cidade estavam sintonizados no folhetim.

O capítulo final de "Avenida Brasil" teve cerca de 500 anunciantes nas transmissões para todo o país.

De acordo com a revista "Forbes", a novela pode ter faturado até R$ 2 bilhões ao longo de 179 capítulos. A soma seria um recorde não só no Brasil, mas em toda a América Latina, continente em que as novelas são especialmente populares.

Para aproveitar a boa audiência, logo após o término da trama, a jornalista Glória Maria entrou, ao vivo, de uma festa do elenco. "A gente parece que entrega uma novela para a história", disse a atriz Vera Holtz (Mãe Lucinda).

Para completar o pacote autorreferencial, a emissora exibiu um "Globo Repórter" especial sobre o sucesso da trama e sua onipresença.

No Twitter, o ranking global dos assuntos mais comentados na rede social foi encabeçado pela hashtag (palavra ou termo-chave) #OiOiOiFinal. No ranking brasileiro, todas as dez posições foram ocupadas por temas relacionados ao final do folhetim.

Para muitos, foi inglória a missão de evitar o assunto do dia. Num bar de música ao vivo, na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, a estudante Regiane Miranda, 26, mal pode acreditar quando a banda parou de tocar e a trama surgiu num telão do local.

"Sai de casa justamente para fugir da novela. Estou indignada", reclamou.

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