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Brasil cumpriu primeira meta para isenção de visto

Pedidos de visto rejeitados pelos EUA caíram para nível 'seguro', diz Itamaraty

Chanceler Antonio Patriota diz que processo para a isenção não será concluído em curto prazo

LUCIANA COELHO
DE WASHINGTON

Pela primeira vez, o Brasil cumpriu o primeiro critério necessário para entrar no programa de dispensa de vistos para os EUA, com a queda do percentual de pedidos brasileiros rejeitados nos consulados para o nível tido como "seguro" pelo governo americano.

Ainda assim, o chanceler Antonio Patriota afirmou que o processo não será concluído no curto prazo.

A mensagem foi dada ontem ao chanceler pela secretária de Segurança Interna dos EUA, Janet Napolitano, em reunião em Washington, informou à Folha o porta-voz do Itamaraty, embaixador Tovar Nunes.

A taxa de recusa do Brasil está entre 3% e 4%, e o índice exigido para o programa é de 3%. "A secretária Napolitano afirmou que o Brasil está hoje no nível seguro", disse Nunes.

Em entrevista coletiva ao lado da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, Patriota afirmou que o processo para o fim dos vistos estava avançando e "deve continuar avançando no próximo ano". "[Mas] não é algo para o curto prazo."

Há uma série de passos internos nos dois países que envolvem o Executivo e o Congresso e que ainda precisam ser tomados. Entre as medidas está o compartilhamento de informações de segurança.

O lado brasileiro se preocupa com a garantia de que seus turistas não sejam barrados ao entrar nos EUA, como chegou a acontecer na Espanha. E, por fim, pesa a arrecadação dos consulados americanos -a projeção é que neste ano 1,8 milhão de brasileiros visitem os EUA.

O Itamaraty, porém, não quer trabalhar com um cronograma, já que os trâmites envolvem mudanças nas leis e o aval dos dois Congressos.

Na segunda, Dan Restrepo, assessor da Casa Branca para as Américas até junho e atual conselheiro de campanha de Barack Obama, disse à Folha que o processo não deve ser concluído antes de 2014.

Já o grupo empresarial binacional que apoia a isenção espera que ela seja anunciada no próximo semestre.

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