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Chorão é achado morto em apartamento de Pinheiros

Para polícia, combinação de drogas, álcool e remédios pode ter matado cantor

Apartamento não tinha sinal de arrombamento; líder do Charlie Brown Jr. estava deprimido após fim de casamento

ANDRÉ MONTEIRO DE SÃO PAULO

O cantor Alexandre Magno Abrão, 42, o Chorão da banda Charlie Brown Jr., foi encontrado morto na madrugada de ontem dentro de seu apartamento, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo.

Para a polícia, o motivo mais provável da morte é, segundo apurações iniciais, a ingestão combinada de drogas, bebida e remédios.

Amigos e parentes contam que o cantor estava deprimido após o fim de seu casamento, no ano passado.

Oficialmente, porém, o DHPP (departamento de homicídios) diz não descartar as hipóteses de ter ocorrido homicídio ou suicídio. "Acreditamos numa fatalidade. Mas só a perícia poderá dizer o que causou a morte", diz o delegado Itagiba Franco.

Os exames devem ser concluídos nos próximos dias.

Chorão foi encontrado por dois funcionários às 4h de ontem. Eles foram ao apartamento após tentarem, em vão, falar com ele durante horas.

O imóvel estava revirado, com latas e garrafas espalhadas e móveis quebrados, sem sinais de arrombamento das portas. O corpo estava na cozinha, de bruços, ao lado de um saco de pancadas. Ele vestia bermuda e camiseta.

Foram achadas porções de um pó branco (suspeita-se de cocaína). Chorão tinha ferimentos nas mãos, pés e na cabeça. Também havia manchas de sangue pelas paredes.

"Não parece ter havido luta, achamos que foi algum tipo de surto e que ele próprio se machucou ao quebrar os objetos", disse o delegado.

O cantor morava em Santos e tinha apartamento na capital. "Ele estava com um quadro depressivo nos últimos meses e disse ao irmão que queria encontrar o pai deles, que morreu há dez anos", disse a apresentadora Sônia Abrão, prima do vocalista.

Ela afirmou ainda que Chorão estava muito triste com a separação da mulher. "Ele me disse que, mesmo cantando para milhares de pessoas, sentia muita solidão."

Na última semana, segundo o delegado, Chorão passou por quatro hotéis e deixou todos após desentendimentos com funcionários.

Na segunda, ele saiu de um hotel na região da av. Paulista após ligar para o seu segurança e dizer: "Minha foto está na internet, liga pro meu advogado", o que foi interpretado como sinal de que ele sofria de mania de perseguição.

Numa limusine branca e sob aplausos de centenas de jovens, o corpo de Chorão chegou por volta das 21h50 à Arena Santos, onde o velório -que fica aberto ao público até as 14h de hoje- é realizado. O enterro será às 17h, no cemitério Memorial Necrópole Ecumênica da cidade.


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