São Paulo, segunda-feira, 01 de janeiro de 2007

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Companhias buscam novas formas de captação de recursos

DA REPORTAGEM LOCAL

Logo atrás de debêntures e ações, os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) apareceram como a principal forma encontrada pela empresas para levantar recursos no mercado de capitais.
Os FIDCs são formados a partir do repasse para os investidores, pelas empresas, de créditos futuros que têm direito a receber.
Para os investidores, entrar em um FIDC resulta no recebimento de uma taxa de juros por determinado período.
Em 2006, os FIDCs representaram cerca de 10% do volume financeiro captado no mercado -ou R$ 12,77 bilhões. No ano anterior, a captação de recursos por esse meio totalizou R$ 8,58 bilhões.
O crescimento do mercado de renda fixa da Bovespa tem sido importante para incrementar a atração desses papéis.
O Bovespa Fix foi criado em 2001 e nele são negociados títulos corporativos de renda fixa. Há também o Soma Fix, o mercado de balcão organizado para títulos de renda fixa da Bolsa paulista.
Além dos FIDCs, debêntures e CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) são negociados nesses segmentos de renda fixa da Bolsa de Valores de São Paulo.
Levantamento da Bolsa mostra que a emissão de FIDCs e CRIs no Bovespa Fix em 2006, até novembro, último dado tornado disponível, somava um montante de R$ 15,02 bilhões. Esse volume foi 66% superior ao registrado em 2005.

Empurrão
O surgimento da figura do "market maker" para o segmento de renda fixa tende a aumentar a liquidez e a movimentação do setor, avaliam profissionais e especialistas do mercado financeiro.
Também conhecido como formador de mercado, o "market maker" surgiu nos Estados Unidos e se espalhou para outros mercados.
O "market maker" é um banco de investimento ou uma corretora de valores contratado com a função de ajudar a elevar a liquidez de determinado papel, por meio de operações de compra e venda.
No mercado de renda fixa da Bolsa, apenas os papéis da Suzano Bahia Sul Celulose e Papel e do BNDESPar contam com um formador de mercado.
No mercado acionário, são 26 as empresas que já se utilizam de um "market maker".
A primeira empresa a contar com o formador de mercado na Bolsa de Valores de São Paulo para suas ações foi a Celpe, em outubro de 2003. A última companhia que decidiu contratar esse tipo de profissional para suas ações foi a Klabin Segall, em novembro último.


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