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Companhias buscam novas formas de captação de recursos
DA REPORTAGEM LOCAL
Logo atrás de debêntures e
ações, os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) apareceram como a
principal forma encontrada pela empresas para levantar recursos no mercado de capitais.
Os FIDCs são formados a
partir do repasse para os investidores, pelas empresas, de créditos futuros que têm direito a
receber.
Para os investidores, entrar
em um FIDC resulta no recebimento de uma taxa de juros por
determinado período.
Em 2006, os FIDCs representaram cerca de 10% do volume financeiro captado no mercado -ou R$ 12,77 bilhões. No
ano anterior, a captação de recursos por esse meio totalizou
R$ 8,58 bilhões.
O crescimento do mercado
de renda fixa da Bovespa tem
sido importante para incrementar a atração desses papéis.
O Bovespa Fix foi criado em
2001 e nele são negociados títulos corporativos de renda fixa.
Há também o Soma Fix, o mercado de balcão organizado para
títulos de renda fixa da Bolsa
paulista.
Além dos FIDCs, debêntures
e CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) são negociados nesses segmentos de renda
fixa da Bolsa de Valores de São
Paulo.
Levantamento da Bolsa mostra que a emissão de FIDCs e
CRIs no Bovespa Fix em 2006,
até novembro, último dado tornado disponível, somava um
montante de R$ 15,02 bilhões.
Esse volume foi 66% superior
ao registrado em 2005.
Empurrão
O surgimento da figura do
"market maker" para o segmento de renda fixa tende a aumentar a liquidez e a movimentação do setor, avaliam profissionais e especialistas do mercado financeiro.
Também conhecido como
formador de mercado, o "market maker" surgiu nos Estados
Unidos e se espalhou para outros mercados.
O "market maker" é um banco de investimento ou uma corretora de valores contratado
com a função de ajudar a elevar
a liquidez de determinado papel, por meio de operações de
compra e venda.
No mercado de renda fixa da
Bolsa, apenas os papéis da Suzano Bahia Sul Celulose e Papel
e do BNDESPar contam com
um formador de mercado.
No mercado acionário, são
26 as empresas que já se utilizam de um "market maker".
A primeira empresa a contar
com o formador de mercado na
Bolsa de Valores de São Paulo
para suas ações foi a Celpe, em
outubro de 2003. A última
companhia que decidiu contratar esse tipo de profissional para suas ações foi a Klabin Segall,
em novembro último.
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