DA REPORTAGEM LOCAL

O último boletim Focus de 2007, feito pelo BC (Banco Central) em consulta a analistas do mercado financeiro, elevou as previsões de inflação e de déficit nas transações correntes. Apesar disso, a projeção para o crescimento da economia apresentou alta em relação a semanas anteriores.
Sobre a inflação, a aposta é que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) termine 2007 em 4,36%, contra 4,35% da previsão anterior. É a sexta vez consecutiva que os analistas elevam o prognóstico. Há quatro semanas estava em 3,96%.
A projeção para o IPCA está acima da feita no início do ano, quando os analistas esperavam que a inflação oficial fosse ficar em 4%. A meta do governo é de 4,5%, com margem de tolerância de dois pontos percentuais. Para o próximo ano, os analistas ajustaram a previsão de 4,25% para 4,30%.
Há um ano, o mercado acreditava que o IGP-M, usado para a correção das tarifas de serviços públicos, por exemplo, e o IGP-DI ficariam em 4,29% e 4,30%, respectivamente. Com as sucessivas altas, principalmente a partir de setembro, o IGP-M ficou em 2007 em 7,75% (dado fechado), e o IGP-DI deve passar para 7,82%, nas previsões do boletim Focus.
No caso do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe, a estimativa para 2007 passou de 3,67%, há quatro semanas, para 4,26% no último boletim, concluído na sexta-feira.
A volta do déficit no balanço de pagamentos (resultado das transações comerciais e financeiras realizadas entre o Brasil e os demais países) é outro destaque do Focus. Segundo os analistas, o país deverá fechar este ano com déficit de US$ 3,5 bilhões, após superávit de US$ 5,3 bilhões previsto para 2007. A balança comercial sofrerá queda, segundo as projeções, passando de US$ 40 bilhões, no ano passado, para US$ 32 bilhões, em 2008. Apesar disso, a previsão para o dólar segue estável, próxima a R$ 1,77.
Os juros deverão cair dos atuais 11,25% para 10,56% em dezembro deste ano, diz a pesquisa. Segundo o Focus, o PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 5,19% em 2007 (a previsão da semana anterior era de 5,12% e, quatro semanas antes, era de 4,7%). Para o ano de 2008, o prognóstico é de 4,5%.


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