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Ex-ministros elogiam plano de mudar cálculo da Previdência
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A proposta de mudar o cálculo do déficit da Previdência foi
elogiada por ex-ministros da
pasta reunidos ontem com o
atual titular, Nelson Machado,
para discutir o funcionamento
do fórum criado pelo presidente Lula para propor alterações
nas regras de aposentadoria.
Mas, ao contrário da avaliação
feita pelo governo, eles defendem mudanças já.
O ex-ministro José Cechin
considera a medida positiva
porque separa o que são gastos
de política econômica das despesas tipicamente previdenciárias. Mas lembra que um adiamento na reforma da Previdência tem impactos negativos na
taxa de crescimento do país
porque mantém os gastos públicos elevados. "Gestão só não
resolve. O problema é estrutural. Não dá para esperar 20 ou
30 anos para adotar novas medidas" completou o ex-ministro Sérgio Cutolo.
Para o ex-ministro Roberto
Brandt, é injusto aumentar a
contribuição ou reduzir direitos dos trabalhadores da iniciativa privada, quando o problema está concentrado em outras
áreas da Previdência. A mudança na contabilidade, de acordo
com Brandt, é uma maneira de
focar a discussão nos problemas reais.
"Não podemos pensar na reforma da Previdência só no longo prazo. Tem que fazer algo
mais rápido, como acabar com
as isenções para as pilantrópicas", ironizou o ex-ministro
Waldeck Ornellas.
O discurso da transparência
nas contas do ministério é a
justificativa apresentada pelo
atual ministro Nelson Machado para as mudanças encaminhadas à equipe econômica do
governo federal.
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