São Paulo, quinta-feira, 01 de fevereiro de 2007

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Ex-ministros elogiam plano de mudar cálculo da Previdência

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A proposta de mudar o cálculo do déficit da Previdência foi elogiada por ex-ministros da pasta reunidos ontem com o atual titular, Nelson Machado, para discutir o funcionamento do fórum criado pelo presidente Lula para propor alterações nas regras de aposentadoria. Mas, ao contrário da avaliação feita pelo governo, eles defendem mudanças já.
O ex-ministro José Cechin considera a medida positiva porque separa o que são gastos de política econômica das despesas tipicamente previdenciárias. Mas lembra que um adiamento na reforma da Previdência tem impactos negativos na taxa de crescimento do país porque mantém os gastos públicos elevados. "Gestão só não resolve. O problema é estrutural. Não dá para esperar 20 ou 30 anos para adotar novas medidas" completou o ex-ministro Sérgio Cutolo.
Para o ex-ministro Roberto Brandt, é injusto aumentar a contribuição ou reduzir direitos dos trabalhadores da iniciativa privada, quando o problema está concentrado em outras áreas da Previdência. A mudança na contabilidade, de acordo com Brandt, é uma maneira de focar a discussão nos problemas reais.
"Não podemos pensar na reforma da Previdência só no longo prazo. Tem que fazer algo mais rápido, como acabar com as isenções para as pilantrópicas", ironizou o ex-ministro Waldeck Ornellas.
O discurso da transparência nas contas do ministério é a justificativa apresentada pelo atual ministro Nelson Machado para as mudanças encaminhadas à equipe econômica do governo federal.


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