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Chilena LAN negocia compra de parte da Varig
Empresa quer entrar no Brasil para disputar a liderança no continente
JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO
MAELI PRADO
DA REPORTAGEM LOCAL
A LAN está em processo de
negociação com a Varig para a
compra de uma participação
minoritária na companhia brasileira. A companhia chilena já
concedeu US$ 17,1 milhões em
créditos à nova Varig que podem ser convertidos em ações.
A notícia foi recebida por
analistas como um primeiro
passo para a venda da empresa.
O presidente da Varig, Guilherme Laager, estava ontem em
Brasília para apresentar a proposta ao ministro do Turismo,
Walfrido dos Mares Guia, e à
ministra-chefe da Casa Civil,
Dilma Rousseff. Hoje, ele apresenta o projeto à Anac (Agência
Nacional de Aviação Civil).
Em nota, a LAN diz que
"mesmo que o montante de investimento não tenha um efeito significativo na empresa, ao
exercer essa opção, a LAN pode
deter uma parcela minoritária
na Nova Varig". A legislação
brasileira define um limite máximo de 20% para a participação de empresas estrangeiras.
"Em relação ao limite existe
um projeto tramitando para ir a
40%, 49%", afirmou Laager à
Folha. "Mostrando ao governo
do país, como eu estou mostrando para os ministros, que
com isso vamos fazer um crescimento saudável das duas empresas, ainda mais que o presidente Lula tem dado muita ao
regional, à América do Sul, é
uma sinalização que estamos
estreitando laços e derrubando
barreiras", completou.
De acordo com o executivo, o
investimento inicial da companhia chilena é apenas "uma formalização do interesse da
LAN". "Se você compra uma casa e oferece um sinal, isso não
quer dizer que você levou o
quarto da empregada."
Segundo analistas, a entrada
da LAN no capital da Varig pode causar uma "revolução" no
setor. A LAN é uma das três
maiores empresas de aviação
da América do Sul, junto com
TAM e Gol. Tem uma frota de
80 aeronaves e conta com subsidiárias na Argentina, no
Equador e no Peru. A entrada
no Brasil é considerada estratégica para consolidar sua posição de liderança.
Milhas
A LAN faz parte da aliança
operacional internacional OneWorld, que permite a troca de
milhas por passagens em diversas companhias. Por outro lado, a Varig saiu nesta semana
da Star Alliance. Laager não
descartou uma futura parceria
com a OneWorld. "Alianças são
conseqüência do desenho de
cada empresa. Automaticamente, se você é parceiro dessa
empresa, com 5%, 10% ou 20%
de participação, não teria porque eu não ser também."
Colaborou Clarice Spitz, da Folha Online, no Rio
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