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Governo federal deve aumentar contratações
DA SUCURSAL DO RIO
A intenção do governo de
acelerar as contratações
cresceu no ano passado. Entre 2003 e 2007, eram solicitadas autorizações para a
abertura de 19 mil vagas por
ano, em média. No ano passado, de acordo com o Ministério do Planejamento, o número de vagas proposto chegou a 43 mil. Para este ano, a
proposta de Orçamento enviada ao Congresso pediu a
contratação de 50 mil pessoas apenas para o Poder
Executivo.
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse na semana passada que o
governo não deixará de realizar concursos para contratação de pessoal. No mesmo
dia, o governo anunciava cortes de R$ 37 bilhões no Orçamento como resposta à crise.
Segundo o ministério, o número final de vagas começa a
ser definido em março.
A Associação Nacional de
Proteção ao Concurso Público estima que, neste ano, serão abertas 500 mil vagas nas
esferas municipal, estadual e
federal, incluídas as estatais.
A entidade calcula que 7 milhões de pessoas concorrerão a essas vagas, ante 5 milhões no ano passado.
Para o economista Raul
Velloso, especialista em contas públicas, o aumento de
gastos trará problemas ao
país no longo prazo. "Com
gastos maiores, a dívida interna cresce. No passado, a
redução proporcional da dívida em relação ao PIB [Produto Interno Bruto] nos ajudou a chegar a esta crise em
situação menos crítica do
que nas anteriores", disse.
Para Velloso, o melhor remédio para evitar o aumento
do desemprego é a queda da
taxa de juros. "Isso o Banco
Central já indicou que vai fazer. Agora é esperar, porque
com juros menores as empresas investirão mais e contratarão mais gente."
Para disputar uma vaga em
condições de ser aprovado, o
candidato precisa se preparar por pelo menos um ano.
Um emprego público de nível médio exige investimento de cerca de R$ 2.000 (curso e material). Para nível superior, pode chegar a R$
7.000, se for da área fiscal.
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