São Paulo, quarta-feira, 01 de março de 2000


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Avaliação de risco serve de guia para investidor internacional

da Reportagem Local

A avaliação de risco de crédito ("rating", em inglês) baseia-se em uma série de fatores externos e internos. O objetivo da análise é refletir a dificuldade de um país ou de uma empresa em pagar suas dívidas.
Basicamente, as classificações de "rating" servem para medir diferentes graus de risco para que o investidor tenha parâmetros para melhor decidir em que papéis aplicar seu dinheiro.
Para o crédito no exterior, as notas vão de D, a mais baixa, a AAA, a mais alta. Um país que recebe AA, por exemplo, em tese tem maior facilidade de honrar seus compromissos que um outro classificado com apenas A.
Entre um título (documento que comprova uma dívida) de nota BB e o outro CC, o investidor saberá que aplicar no primeiro título, teoricamente, é mais seguro que no segundo. Assim, para investir no título CC, ele precisará receber prêmio (taxas de juros) maiores que o pago pelo BB, para compensar o risco mais elevado.
As agências costumam definir padrões de classificação para diferentes formas de endividamento. Há notas, por exemplo, para os créditos externos de curto e longo prazo, e outras avaliações para a dívida interna, tanto em moeda estrangeira quanto em local.
Fatores como os gastos com o pagamento de juros da dívida externa e os volumes dos empréstimos de curto e de longo prazos têm grande influência nas avaliações de crédito no exterior.
A S&P destacou que o "pesado serviço da dívida externa brasileira" deve representar 140% dos recursos que o país obterá este ano com as exportações.
Para a dívida interna, a agência considera aspectos como a condução da política monetária, se as metas de inflação (no caso dos países que adotam tal modelo) serão cumpridas, o avanço do PIB (Produto Interno Bruto), entre outros fatores.
A classificação de risco de crédito externo de um país serve como teto para as notas dadas às empresas.



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