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Bolsas e crédito caem pelo mundo
DA REPORTAGEM LOCAL
Temores de que a guerra no Iraque se prolongue e abale ainda
mais a economia mundial levaram as principais Bolsas do mundo a fechar o dia em queda ontem
e ajudaram a dar impulso à escalada do preço do petróleo.
Enquanto as empresas perdem
valor de mercado nas Bolsas
mundiais, o sistema bancário global diminui consideravelmente o
volume de empréstimos concedidos. No primeiro trimestre deste
ano, a queda no montante de empréstimos chegou a 23% em comparação ao mesmo período do
ano passado.
O índice Dow Jones, da Bolsa de
Nova York, fechou em baixa de
1,89%. A Nasdaq, Bolsa eletrônica
que reúne ações de empresas de
tecnologia, caiu 2,08%.
Na Europa, a Bolsa de Londres
caiu 2,57%. Em Paris, a baixa foi
de 4,19%, e em Frankfurt, de
3,85%. O índice Nikkei, da Bolsa
de Tóquio, recuou de 3,71%.
Números da Thomson Financial mostram que, apesar de a demanda seguir em alta, os bancos
concederam US$ 296 bilhões em
empréstimos neste primeiro trimestre contra US$ 383 bilhões no
mesmo período de 2002. Além
das incertezas geradas pela guerra, analistas apontam a perspectiva de que a economia mundial seguirá com baixo ritmo de crescimento como uma das responsáveis pelo menor volume de crédito. Na Europa, o montante de empréstimos bancários concedido
neste primeiro trimestre recuou
menos, apenas 3,9%, segundo dados da consultoria apresentados
pelo jornal "Financial Times".
Mas, enquanto os empréstimos
bancários desabam, a captação de
recursos pelo setor privado por
meio da colocação de títulos no
mercado internacional segue em
alta. No caso do Brasil, a captação
de recursos feita por empresas e
bancos no mercado externo já supera os US$ 5 bilhões, montante
superior ao conseguido em todo o
segundo semestre de 2002.
Petróleo
O petróleo continuou a ser comercializado a mais de US$ 30 o
barril ontem, pelo terceiro dia
consecutivo, na Bolsa Mercantil
de Nova York. A interrupção do
fornecimento da commodity do
Iraque para a Síria e os conflitos
étnicos na Nigéria, que fizeram
com que a produção de óleo do
país caísse mais de 40%, foram
apontados como as principais razões para a alta. O Iraque fornecia
cerca de 200 mil barris por dia a
seu vizinho, o que representava
quase 10% de suas exportações
oficiais antes da guerra.
Em Londres, o barril tipo Brent
subiu para US$ 27,18, alta de
3,15%. Em Nova York, o barril
com entrega para maio fechou o
dia a US$ 31,04, alta de 2,92%.
Com agências internacionais
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