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São Paulo, terça-feira, 01 de abril de 2003

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Bolsas e crédito caem pelo mundo

DA REPORTAGEM LOCAL

Temores de que a guerra no Iraque se prolongue e abale ainda mais a economia mundial levaram as principais Bolsas do mundo a fechar o dia em queda ontem e ajudaram a dar impulso à escalada do preço do petróleo.
Enquanto as empresas perdem valor de mercado nas Bolsas mundiais, o sistema bancário global diminui consideravelmente o volume de empréstimos concedidos. No primeiro trimestre deste ano, a queda no montante de empréstimos chegou a 23% em comparação ao mesmo período do ano passado.
O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, fechou em baixa de 1,89%. A Nasdaq, Bolsa eletrônica que reúne ações de empresas de tecnologia, caiu 2,08%.
Na Europa, a Bolsa de Londres caiu 2,57%. Em Paris, a baixa foi de 4,19%, e em Frankfurt, de 3,85%. O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, recuou de 3,71%.
Números da Thomson Financial mostram que, apesar de a demanda seguir em alta, os bancos concederam US$ 296 bilhões em empréstimos neste primeiro trimestre contra US$ 383 bilhões no mesmo período de 2002. Além das incertezas geradas pela guerra, analistas apontam a perspectiva de que a economia mundial seguirá com baixo ritmo de crescimento como uma das responsáveis pelo menor volume de crédito. Na Europa, o montante de empréstimos bancários concedido neste primeiro trimestre recuou menos, apenas 3,9%, segundo dados da consultoria apresentados pelo jornal "Financial Times".
Mas, enquanto os empréstimos bancários desabam, a captação de recursos pelo setor privado por meio da colocação de títulos no mercado internacional segue em alta. No caso do Brasil, a captação de recursos feita por empresas e bancos no mercado externo já supera os US$ 5 bilhões, montante superior ao conseguido em todo o segundo semestre de 2002.

Petróleo
O petróleo continuou a ser comercializado a mais de US$ 30 o barril ontem, pelo terceiro dia consecutivo, na Bolsa Mercantil de Nova York. A interrupção do fornecimento da commodity do Iraque para a Síria e os conflitos étnicos na Nigéria, que fizeram com que a produção de óleo do país caísse mais de 40%, foram apontados como as principais razões para a alta. O Iraque fornecia cerca de 200 mil barris por dia a seu vizinho, o que representava quase 10% de suas exportações oficiais antes da guerra.
Em Londres, o barril tipo Brent subiu para US$ 27,18, alta de 3,15%. Em Nova York, o barril com entrega para maio fechou o dia a US$ 31,04, alta de 2,92%.


Com agências internacionais


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