São Paulo, sábado, 01 de abril de 2006

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MERCADO ABERTO

Nova TJLP acalma o mercado, vê Cypriano

O presidente da Febraban e do Bradesco, Márcio Cypriano, considerou muito importante a decisão de ontem do CMN (Conselho Monetário Nacional) de baixar a TJLP de 9% para 8,15%. Segundo ele, mostra uma grande responsabilidade do novo ministro da Fazenda, Guido Mantega, na manutenção da estabilização da economia. "Ninguém vai fazer loucura", diz.
A decisão sobre a TJLP era apontada como o primeiro teste de fogo de Guido Mantega à frente da Fazenda. Ele sempre foi um defensor de quedas mais bruscas da taxa para incentivar o investimento. Ele chegou a defender, ainda quando presidente do BNDES, uma taxa de 7%.
Para Cypriano, a fixação da nova TJLP em 8,15% elimina as preocupações do mercado financeiro em relação a mudanças na política econômica. "Não será perdido o que foi conquistado até agora", afirma o presidente da Febraban e do Bradesco.
De acordo com Cypriano, Mantega deu provas de que, apesar de ser um ano eleitoral, ele vai manter o tripé composto por responsabilidade fiscal, câmbio flexível e política de meta de inflação, o que tranqüiliza o mercado. "Dificilmente haverá qualquer tipo de pirotecnia, apesar de ser um ano de eleições", diz.
Cypriano acredita, por exemplo, que, na próxima reunião do Copom, a Selic caia um ponto percentual, de 16,50% para 15,50%. Ele prevê que a taxa feche o ano entre 13% e 14%. "Os fundamentos da economia estão favoráveis para essa queda."
Segundo Cypriano, os bancos não temem essa queda nos juros. Ele diz que os bancos preferem até taxas mais baixas, já que podem aumentar o volume de empréstimos, além de tornar menor o risco de inadimplência.

FRASE

"Não será perdido o que foi conquistado até agora"


MÁRCIO CYPRIANO
sobre a decisão do CMN de reduzir a TJLP para 8,15%


MASSA CRESCENTE
O dublê de chef e empresário Sergio Arno decidiu reabrir a temporada de expansão da franquia de restaurantes "La Pasta Gialla". Depois de um ano sem inaugurar novas lojas, "apenas reorganizando a casa", como ele diz, Arno pretende incorporar mais três restaurantes a cada ano à marca. Segundo ele, a partir de agora o crescimento tem de ser gradual porque a presença dos franqueados nas lojas é essencial. "Ele não é só um franqueado, é visto também como um sócio", afirma. Arno diz que o investimento para preparar uma loja "La Pasta Gialla" para funcionamento é de R$ 300 mil. Já o faturamento pode ficar entre R$ 140 mil e R$ 300 mil por mês, de acordo com o ponto e o valor do aluguel. "Queremos abrir em outros Estados", diz Arno, que cita Bahia, Ceará, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

LIVRES PARA ERRAR
O deputado federal Delfim Netto (PMDB-SP) se mostrou bastante animado com a equipe escolhida por Guido Mantega para a Fazenda, especialmente com a nomeação de Carlos Kawall para o Tesouro e a manutenção de Bernard Appy e Jorge Rachid. "O Guido está indo muito bem", diz Delfim. Já em relação à autonomia do Banco Central, ele tem uma opinião diferente: "O BC agora pode fazer todas as burradas livremente".

CAI O PANO
As vendas de tecidos caíram 2% em março ante fevereiro, segundo pesquisa do sindicato do setor em São Paulo. "O povo está sem dinheiro", diz o vice da entidade, Arinos de Almeida Barros.

DE OLHO NA COPA
A AmBev uniu a Copa do Mundo à feira Restaubar Show, que acontece em São Paulo, para lançar a Brahma Bier, aposta da empresa para o mundial.

COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
A comunicação empresarial será tema de debate no dia 4 de maio, na Escola de Comunicação e Artes da USP, em São Paulo. Entre os participantes estão Rivaldo Chinem, que acaba de lançar o livro "Comunicação Empresarial: Técnica e o Dia-a-Dia das Assessorias de Comunicação", e o professor da escola José Coelho Sobrinho.

DINHEIRO PARA O BID
O Banco do Brasil se prepara para atender aos participantes da 47ª reunião anual do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), na próxima semana, em Belo Horizonte. O banco instalou uma agência no Expominas, onde será realizado o evento, com serviço de câmbio manual e equipamento para saque de moedas estrangeiras.

TELES EM CAMPO
Empresas de telecomunicações são as que mais pagam a clubes de futebol no mundo, segundo a revista "Forbes". Quatro dos dez maiores valores são de empresas do setor. A lista é liderada, porém, pela italiana de energia Tamoil, que desembolsa cerca de US$ 22,4 milhões ao ano à Juventus. Para comparação, estima-se que Samsung e LG paguem para Corinthians e São Paulo, respectivamente, pouco mais de US$ 6 milhões ao ano, as maiores cifras do futebol nacional. A revista apontou ainda o Manchester United como clube mais valioso do mundo (US$ 1,4 bilhão).


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