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Movimentos sociais reclamam de penúria
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
DO ENVIADO ESPECIAL A BELO HORIZONTE
A reunião anual do BID é marcada por um contraste. Enquanto
os movimentos sociais não conseguiram dos governos federal, estadual e municipal nenhum tipo
de apoio para a realização de um
evento paralelo e de manifestações contra a política das instituições multilaterais, os participantes do evento BID (9.000 inscritos) têm até metrô de graça e exclusivo para levá-los ao Expominas, o local das reuniões.
Em Belo Horizonte, os movimentos sociais sempre encontraram guarida da prefeitura nos últimos 14 anos, tempo que o PT administra a cidade. Agora, segundo
Dirlene Marques, professora de
economia da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e representante do Comitê Mineiro
do Fórum Social Mundial, os movimentos sociais obtiveram "absolutamente nada."
O governador Aécio Neves
(PSDB-MG) e o prefeito Fernando Pimentel (PT) investiram alto
no evento, apostando que a reunião poderá atrair muitos outros
eventos no futuro. Só na organização foram gastos R$ 60 milhões.
Uma linha do metrô de superfície foi colocada à disposição dos
participantes. O trem com três vagões circula das 8h15 às 20h. Basta
ter a credencial do evento para ser
atendido. Vans levam os passageiros dos hotéis até a praça da Estação, no centro da cidade.
Seguranças e recepcionistas
acompanham os passageiros, inclusive dentro dos vagões. Em oito minutos chega-se à Expominas. As recepcionistas e os seguranças conduzem os passageiros
até a passarela que liga diretamente a estação ao evento. Cerca
de 6.000 pessoas estão credenciadas para trabalhar no evento. Há
recepcionistas bilíngües por todo
canto, 2.400 PMs, 172 policiais civis e 470 agentes da PF.
Já os cerca de 2.000 manifestantes dos movimentos sociais terão
que se contentar com o saguão da
Assembléia, já que o espaço em
que queriam fazer seu encontro, a
praça da Estação, não foi liberado.
Por conta da falta de assistência,
dez integrantes dos movimentos
sociais fazem greve de fome na
praça da Liberdade.
(PP e MB)
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