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no brasil
Crises tornaram bancos mais conservadores
DA REPORTAGEM LOCAL
Hiperinflação, uma sucessão de planos econômicos heterodoxos, 20 anos
de crises -México, Ásia,
Rússia, Brasil e Argentina- e os programas de saneamento aos bancos estatais (Proes) e privados
(Proer) tornaram as instituições brasileiras sobreviventes mais resistentes e
mais conservadoras na
análise de seu risco do que
as americanas. Por uma
necessidade, a regulação e
a auto-regulação bancária
tiveram de se aperfeiçoar.
E tudo isso somado ao
fato de que o maior tomador de crédito no país foi
sempre o governo. O mercado varejista de crédito
ainda engatinha. O financiamento imobiliário de
baixo risco não foi completamente explorado,
muito menos o de alto risco, que deu origem à crise
das hipotecas nos EUA.
"Diria que os bancos
brasileiros são conservadores e que estão separados desse risco lá fora. Estão mostrando, cada vez
mais, que estão entre os
mais sólidos do mundo.
Produto da capacidade de
gestão, investimento em
sistema de risco de crédito, operacional e de liquidez", disse Erivelto Rodrigues, presidente da consultoria Austin Rating.
Para Nicola Tingas, economista da Febraban, práticas modernas como de
marcação a mercado, em
que o preço dos ativos são
contabilizados pelo valor
de venda, mostram falhas,
que terão de ser repensadas até no Brasil.
"O sistema de marcação
a mercado, que foi uma
evolução, mostrou que tira
a valorização das carteiras,
que podem virar pó. Dá a
falsa impressão de que tudo é podre. Vira uma profecia que se auto-realiza."
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