DA REPORTAGEM LOCAL

O dólar passou por fortes oscilações ontem. Chegou a cair 1,34%, mas fechou a R$ 2,911, desvalorização de 0,14% em relação à terça-feira. A Bovespa teve um dia de realização de lucros e fechou em queda de 0,96%. Mas a Bolsa fechou abril com ganho de 11,38% e foi a melhor aplicação financeira do mês.
"Foi um dia para todos os gostos", disse Hélio Osaki, da corretora Finambras. "No final, houve um ajuste devido à baixa acentuada dos últimos dias."
Segundo operadores, como ontem era o dia de formação da Ptax (preço médio diário do dólar medido pelo BC) para a liquidação dos contratos de dólar futuro, houve uma forte pressão dos bancos, que estavam "vendidos" e interessados em que a cotação caísse. No final do dia, com a Ptax fechada, o volume negociado caiu bastante e a alta diminuiu.
Além dos movimentos de negociação, outras notícias pontuais influenciaram a cotação do dólar.
A entrega das reformas tributária e da Previdência, apesar de já esperada, ajudou a animar o mercado. Para os analistas, além do ato simbólico, o pedido de Luiz Inácio Lula da Silva para que a aprovação seja rápida foi bem visto nas mesas de negociações e sinaliza que o governo pressionará o Congresso para o andamento dos processos.
Segundo analistas, a declaração do ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, de que a atual cotação do dólar está próxima à que seria favorável às exportações não chegou a gerar pressão na cotação. Isso porque os operadores acreditam que, pelo menos por enquanto, não haverá intervenções do Banco Central no câmbio.

Exterior
Não foi só a Bovespa que registrou um excelente desempenho em abril. Apesar de terem fechado em baixa ontem, os índices das principais Bolsas dos Estados Unidos encerraram o mês com o melhor resultado desde outubro. A Nasdaq, que reúne ações de empresas de tecnologia, fechou o mês com alta de 9,18%. Já o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, subiu 6,11% em abril.
Na Europa, o índice FTSE Eurotop, que lista as 300 principais empresas do continente, teve alta de 10,6% no mês passado -o melhor resultado desde março de 1986. (GEORGIA CARAPETKOV)


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