DA REDAÇÃO

Com a expectativa de uma recuperação maior da economia mundial e dos países industrializados, a Cepal elevou para 4% a estimativa de crescimento da América Latina em 2004. A previsão anterior da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, divulgada em dezembro, era de 3,5%.
"A dinâmica maior das exportações na maior parte dos países, com uma recuperação do investimento interno e a manutenção de baixas taxas de juros internacionais, permitirá à região continuar com a tendência positiva de crescimento iniciada em 2003", informou a Cepal em relatório divulgado ontem.
Após encolher 0,6% em 2002, a América Latina registrou expansão de 1,5% no ano passado.
Há duas semanas, o secretário-executivo da entidade, o ex-ministro da Economia da Argentina José Luis Machinea, disse que a alta do preço do petróleo afetaria o desempenho da América Latina e estimou que o crescimento da região ficaria em 3,8% em 2004.
Como parte do estímulo para a expansão da América Latina, a Cepal espera um crescimento de 8% no intercâmbio comercial mundial e de 4,5% da economia dos EUA.
Impulsionadas pela maior demanda mundial, as exportações da região devem crescer de 12% a 14% em 2004. No ano passado, as vendas externas registraram expansão de 8,3%.

Brasil
Apesar de melhorar a expectativa de crescimento para a América Latina, a Cepal, órgão das Nações Unidas, manteve a previsão de expansão do Brasil para 2004 em 3,3%. No ano passado, a economia brasileira registrou retração de 0,2%, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O país que mais deve crescer neste ano, segundo a Cepal, será a Venezuela (10,3%), impulsionada pela valorização do petróleo no mercado internacional. Em seguida, vem o Uruguai, com 7,5%.
Para a Argentina, a Cepal espera um crescimento de 6,5%.


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