UOL


São Paulo, terça-feira, 01 de julho de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MERCADO FINANCEIRO

Nem mesmo rolagem menor de dívida cambial pelo BC evitou baixa da moeda; Bolsa cai 0,4%

Dólar volta a recuar e fecha em R$ 2,844

DA REPORTAGEM LOCAL

A expressiva baixa de 1,18% levou o dólar a encerrar os negócios vendido a R$ 2,844. Esse foi o segundo menor valor de fechamento da moeda neste ano.
Apesar de o Banco Central não ter voltado ao mercado para ampliar o percentual de rolagem de sua dívida cambial de US$ 2,5 bilhões que vence hoje, a moeda não teve forças para manter a alta registrada no início do dia. O BC renovou apenas 67,5% da dívida e percentuais menores de rolagem podem se refletir em maior procura por dólares.
Com as últimas captações privadas no mercado internacional -Banco do Brasil e Petrobras captaram juntos mais de US$ 650 milhões na semana passada- e o superávit recorde registrado pela balança comercial, a moeda dos EUA fechou perto da cotação mínima (R$ 2,834) de ontem.
"Mesmo que indiretamente, o BC tem feito uma intervenção no câmbio. Hoje [ontem], ao não ampliar o percentual de rolagem da dívida vincenda, deixou espaço para o dólar subir um pouco nos próximos dias", afirma Mário Battistel, diretor de câmbio da corretora Novação.
Os investidores não acreditam que o dólar ganhe muita força no segundo semestre. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), apenas nos contratos de câmbio com prazo em novembro o dólar aparece acima dos R$ 3,00.
Como ontem foi o último dia do mês, os negócios também refletiram a queda-de-braço dos investidores preocupados em influenciar o sobe-e-desce do Ptax (preço médio do dólar medido pelo BC diariamente), que serve de parâmetro para a liquidação de contratos de câmbio.
Ontem o Ptax fechou em R$ 2,872, em baixa de 0,32%. Levantamento da Economatica mostra que a queda do Ptax no primeiro semestre foi a maior para o período desde 1966. O preço médio do dólar recuou 18,72% na primeira metade do ano.

Negócios tímidos
Na Bolsa de Valores de São Paulo, os negócios foram tímidos. O pregão movimentou apenas R$ 434 milhões. A Bolsa fechou com pequena baixa de 0,40%, recuando para os 12.972 pontos.
O papel PNB da Copel fechou com a maior perda (4,2%) do pregão, e a ação PNA da Usiminas foi a que mais subiu (3,1%).
(FABRICIO VIEIRA)


Texto Anterior: Há risco para bancos se planeta não se recuperar
Próximo Texto: O vaivém das commodities
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.