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MERCADO ABERTO
GUILHERME BARROS
guilherme.barros@uol.com.br
Anfavea sugere criar Alca automotiva
O governo do Brasil deve
aproveitar o exemplo do acordo
automotivo fechado com a Argentina e fazer o mesmo com
outras regiões do mundo, como
a África do Sul, a União Européia e os Estados Unidos. Seria
o melhor caminho para ampliar
os horizontes da exportação do
setor automotivo e ainda promover um crescimento maior
do mercado interno.
A afirmação é do presidente
da Anfavea, Rogelio Golfarb,
um dos protagonistas nas negociações entre o Brasil com a Argentina para o fechamento do
acordo. Segundo ele, o acordo,
válido até 2008, irá fazer com
que o Brasil exporte 500 mil
veículos para a Argentina nos
próximos dois anos.
A Argentina é o maior cliente
externo da indústria automobilística brasileira. O Brasil vende
para a Argentina 25% do total
de sua exportação de automóveis. O acordo manterá a Argentina na liderança entre os
países importadores de veículos produzidos no Brasil.
Para Golfarb, o Brasil deve
explorar essa política de acordos comerciais com outros países para ampliar a fabricação de
carros, até para enfrentar a
concorrência da China, que
ameaça ser um grande concorrente do Brasil na produção de
automóveis populares.
Golfarb cita o exemplo do
México, que tem 42 acordos comerciais com outros países,
sendo que 18 são do setor automobilístico.
O presidente da Anfavea
acha que o Brasil possui muitas
oportunidades, hoje, de explorar esse filão. "Nós podemos
pensar em estruturar um acordo que envolva a Alca ou até
mesmo criar uma Alca automotiva", diz.
Golfarb não defende um
acordo que promova uma abertura total do mercado entre o
Brasil e os Estados Unidos, mas
sim reduções graduais de tarifas de importação, além da fixação de cotas para os dois países
e algumas desonerações tributárias para tornar mais competitiva a indústria automotiva
brasileira.
O Brasil é competitivo em relação aos Estados Unidos na
produção de veículos como caminhões e carros compactos, e,
por isso, teria hoje oportunidade de firmar acordos com os
americanos.
PORTA A PORTA
A Hydrogen, marca de cosméticos adquirida em abril pelo
grupo Silvio Santos, se prepara para entrar em novos mercados. No varejo, além de renovar a licença da Disney e ampliar a linha infantil com mais personagens, a empresa está
lançando uma versão adulta, a SPA Hydrogen, que deve ocupar as gôndolas em julho. A outra ação da Hydrogen, segundo a diretora Juracy Monteiro, é a entrada da marca no setor de venda direta, responsável por 25% dos negócios do
segmento de beleza e higiene no Brasil. A empresa irá lançar
uma linha especial, ainda mantida em sigilo, para atender
esse mercado porta a porta, e que vai concorrer diretamente
com Natura e Avon. "Só posso dizer que as vendas começam
em outubro, e teremos um posicionamento de preço melhor
que o da Natura", diz Juracy. Segundo ela, o grupo irá investir mais de R$ 16 milhões em ações de marketing no lançamento dessas novas linhas.
PÓ DE ATLETA
A Granado, conhecida pelo polvilho de embalagem tradicional, está modernizando seus produtos. A empresa se
prepara para lançar novas versões de anti-sépticos, sem
perder a identidade do rótulo, criado em 1903. Segundo a
executiva Sissi Freeman, a empresa vivia um impasse: o
público alvo dos anti-sépticos são atletas, que preferem
embalagens inovadoras. "Mudamos para cores modernas,
mas com o layout tradicional", diz ela.
EFEITO COPA
Depois do resultado expressivo de maio, o mercado
de automóveis estacionou
em junho. O total de emplacamentos deve ter ficado em
cerca de 140 mil unidades,
bastante inferior aos 155,5
mil de maio e muito próximo aos 139,9 mil de junho de
2005. Em maio, o salto tinha
sido de 25% em relação a
abril e de 15% frente ao mesmo mês do ano anterior. Já
no acumulado dos primeiros
seis meses, as vendas devem
ter somado cerca de 760 mil
unidades, por volta de 10%
acima de 2005.
TELEFONIA
Nos últimos dias, a imprensa espanhola tem divulgado uma séria de notícias
especulando sobre o futuro
da Vivo. O jornal semanal
"Expresso" afirmou, em sua
última edição, que o presidente da Telefónica, César
Alierta, e o presidente do Sonae, Belmiro de Azevedo, já
teriam negociado a venda da
parte da Portugal Telecom
na Vivo para a empresa espanhola. Em troca, a espanhola cederia 9,6% da Portugal Telecom e 32,2% da
empresa de celulares marroquina Médi Telecom.
NOVO SÓCIO
A Telefutura, um dos cinco maiores call centers do
país, tem novo sócio. O Banco Pátria acaba de adquirir
as partes de Cássio Motta e
José Macedo. O corpo diretivo mantém-se inalterado.
Os fundadores, o presidente,
Luiz Mattar, e o vice-presidente, Eraldo de Paola, se
mantêm no cargo. Os dois
detêm 32% de participação
na empresa. O grupo Votorantim permanece como
principal acionista.
QUERO MAIS BRASIL
O Movimento Quero Mais
Brasil participa da Francal
2006, em São Paulo, entre os
dias 4 e 7. Será distribuído
material informativo e os visitantes serão orientados a
assinar as cédulas de adesão.
Lançado há três meses, o
movimento tem 236 entidades e apoio de empresários
como Jorge Gerdau e Antônio Ermírio de Moraes. A
promoção deve atingir cerca
de 60 mil pessoas, o público
estimado da feira.
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