São Paulo, terça-feira, 01 de julho de 2008

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AVIAÇÃO

Procurador avalia se Dilma será investigada no caso Varig

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, já estuda o processo judicial do caso VarigLog para decidir se determinará a abertura de investigação da suposta interferência da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) em favor do grupo privado que comprou a companhia aérea, em 2006.
Antonio Fernando de Souza recebeu da Justiça paulista cópia da ação em que três empresários brasileiros (Marco Antonio Audi, Marcos Haftel e Luiz Eduardo Gallo) e o fundo americano Matlin Patterson disputam o comando da VarigLog.
O processo traz documentação que supostamente mostra que o real controle da companhia era exercido pelos estrangeiros, o que fere as leis brasileiras. O Código Brasileiro de Aeronáutica limita em 20% do capital votante a participação de estrangeiros em companhias aéreas.
Ao decidir enviar para a Procuradoria-Geral da República cópia do processo, o juiz José Paulo Magano, da 17ª Vara Cível de São Paulo, disse que há indícios suficientes para a abertura de investigação.
"Eles apontam para a prática de crime envolvendo a ministra Dilma Rousseff e a secretária-executiva Erenice Guerra", afirmou Magano.

Comissão de Ética
A Comissão de Ética Pública, órgão vinculado à Presidência, designou ontem o padre José Ernanne Pinheiro como relator das denúncias envolvendo a atuação da ministra Dilma Rousseff no processo de venda da Varig.
O relator disse ontem, após reunião do colegiado, que analisará as reportagens produzidas sobre o tema e, apenas então, decidirá se pede ou não mais informações sobre o caso.
"Vamos analisar todas as reportagens que saíram na imprensa e vamos ver exatamente. E, se for o caso, pediremos mais informações para termos condição de fazer um relatório", afirmou.


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