Ferronióbio, usado na construção, é afetado

DA REDAÇÃO

O governo dos Estados Unidos retirou alguns dos benefícios comerciais concedidos a vários países, entre eles o Brasil. O principal produto brasileiro afetado foi o ferronióbio, uma liga usada na construção civil e no setor automobilístico.
Segundo a revisão anual do Sistema Geral de Preferências (SGP, programa em que os EUA reduzem as tarifas de importação de produtos de países em desenvolvimento), foi revogado o benefício para o ferronióbio e alguns tipos de açúcar do Brasil perderam o tratamento tarifário preferencial.
De acordo com a USTr (o equivalente americano ao Ministério do Comércio Exterior), o país exportou mais de US$ 151 milhões em ferronióbio no passado para os Estados Unidos.
A decisão anunciada ontem mantém as vantagens tarifárias para oito produtos brasileiros, como lingüiças e fio de papel.
Brasil, Índia, Argentina e Turquia foram os países que tiveram mais produtos afetados pela decisão do governo norte-americano. No ano passado, os Estados Unidos retiraram algumas das vantagens de Brasil e Índia, entre outros emergentes, e a decisão foi vista como uma retaliação do governo George W. Bush ao impasse na Rodada Doha (de liberalização do comércio mundial).
Pelas regras do SGP, o governo norte-americano revisa anualmente o nível de competitividade dos itens que entram no mercado dos Estados Unidos, como uma forma de proteger setores do país.
"O Congresso [americano] criou o SGP para que ele sirva como uma ponte para os países em desenvolvimento à medida em que eles aumentam a sua participação no sistema de comércio global", disse, em nota, ontem, a chefe do USTr, Susan Schwab. "O SGP ajudou a promover o desenvolvimento e a reduzir a pobreza nos países em desenvolvimento, ao mesmo tempo em que elevou o nosso comércio bilateral."


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