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Sistema fica vulnerável, diz economista
DA REPORTAGEM LOCAL
"O Imposto Único Federal pode tornar vulnerável o sistema tributário nacional, fazendo com que não se atinja a arrecadação pretendida."
Essa é a crítica que o economista e ex-professor da FGV-RJ Luiz
Zottmann faz à proposta do deputado Marcos Cintra de criação
do novo tributo.
Para ele, se isso viesse a ocorrer, o governo precisaria dispor de
mecanismos -denominados por ele de "válvulas de escape"- suficientes para enfrentar a perda de receita. No caso, seria preciso taxar alguns tipos de bens e serviços considerados supérfluos, como bebidas, fumo e jogos.
Zottmann entende que uma das críticas que se faz à proposta -a cumulatividade do imposto, ou seja, a cobrança em cada elo da cadeia produtiva- pode não ser
um aspecto negativo.
"A cumulatividade depende,
sobretudo, do valor adicionado
em cada elo [da cadeia produtiva". Se o valor adicionado nos elos
finais for muito maior do que nos
iniciais, a cumulatividade será
menor. Não será anulada, mas será mais reduzida."
Para Zottmann, outra crítica
que não se sustenta é sobre a possibilidade de as pessoas pagarem
em dinheiro, sem usar os bancos.
"A CPMF mostra que isso não deverá ocorrer."
(MC)
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