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Com corte em despesas, GM tem lucro no 2º trimestre
Montadora ganha US$ 891 mi no trimestre; em 2006, prejuízo foi de US$ 3,4 bi
Resultado melhor decorre principalmente dos cortes feitos por Rick Wagoner
nos gastos com produção
e com assistência médica
MAELI PRADO
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois de a Ford informar o
seu primeiro resultado positivo
em dois anos para o segundo
trimestre deste ano, a GM, que
também vinha em dificuldades,
divulgou ontem um lucro para
o período que superou o dobro
da estimativa de analistas. A
GM Laam, divisão da montadora que inclui o Brasil, teve o melhor resultado em dez anos.
O bom resultado apareceu
após a empresa ter reduzido
seu prejuízo na América do
Norte (de R$ 3,9 bilhões no segundo trimestre de 2006 para
R$ 39 milhões no mesmo período deste ano) e voltado ao
lucro nas suas operações na
Europa (R$ 217 milhões no segundo trimestre, ante prejuízo
de R$ 39 milhões no mesmo período de 2006).
O lucro global da GM foi de
US$ 891 milhões no segundo
trimestre, ou seja, US$ 1,56 por
ação, mais do que o dobro do
esperado pelo mercado -suas
ações subiram mais de 8% no
início das negociações de ontem. No mesmo período de
2006, a montadora havia tido
prejuízo de US$ 3,4 bilhões.
A melhoria nos resultados,
iniciada no primeiro trimestre
deste ano, quando a montadora
apresentou lucro após um longo tempo sem resultados positivos, foi decorrente principalmente dos cortes promovidos
por Rick Wagoner, presidente
da GM, nos gastos com produção e com assistência médica.
O faturamento da montadora caiu para US$ 46,8 bilhões
no segundo trimestre, contra
US$ 53,9 bilhões um ano antes,
devido à venda de 51% da
GMAC Financial, o braço financeiro da empresa.
O lucro líquido da GM Laam,
que reúne países de América
Latina, África e Oriente Médio
e que já vinha apresentando resultados melhores, totalizou
US$ 213 milhões no segundo
trimestre, o melhor resultado
desde que essa divisão foi criada há dez anos. É um crescimento de 53% na comparação
com o mesmo período de 2006.
No Brasil, que representou
40% das vendas em unidades
no primeiro semestre, o mesmo que no ano passado, a alta
no volume de vendas foi de 18%
no primeiro semestre e de 23%
considerando-se apenas o segundo trimestre (sempre em
comparação com o mesmo período do ano passado).
Segundo o presidente da GM
Laam, Ray Young, o aumento
das vendas da unidade brasileira pode ser atribuído principalmente à explosão dos financiamentos de carros no país. Cerca
de 70% das vendas da GM foram feitas por meio de financiamentos, com a maioria de
prazos entre 36 e 48 meses.
Ele atribuiu a alta também ao
aumento das vendas dos carros
não-populares. "As vendas de
carros populares cresceram
11% no primeiro semestre, e as
de não-populares, cuja rentabilidade é maior, subiram 27%."
O destaque da divisão Laam
foi a Venezuela, cuja economia
vem em forte crescimento e
que vendeu acima de 90% a
mais no segundo trimestre.
A expectativa da montadora
é a de um segundo semestre
ainda melhor, com alta de produção. "Em julho, distribuímos
40 mil carros para as concessionárias; em agosto, distribuiremos 50 mil", afirmou Young.
Com a Bloomberg
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