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Carga tributária mantém crescimento e bate recorde no semestre, diz instituto
MARCOS CÉZARI
DA REPORTAGEM LOCAL
As reduções tributárias tão
propaladas pelo governo Lula
não chegaram ao bolso dos consumidores brasileiros. Prova
disso é que a carga tributária do
primeiro semestre cresceu e alcançou um novo recorde.
Segundo estudo divulgado
ontem pelo IBPT (Instituto
Brasileiro de Planejamento
Tributário), a carga fiscal entre
janeiro e junho deste ano aumentou para 39,41% do PIB
(Produto Interno Bruto), superando em 0,25 ponto percentual os 39,16% do primeiro semestre do ano passado.
Para o advogado Gilberto
Luiz do Amaral, presidente do
IBPT, "tudo indica que 2006
registrará mais um recorde na
cobrança de tributos. Essa estupidez e hipocrisia tributária
condena o Brasil ao atraso."
As reduções tributárias divulgadas pelo governo são "um
grande engodo", diz Amaral.
"Não adianta reduzir os tributos do arroz, do feijão e da farinha e aumentar a taxação sobre
energia, telecomunicações e
combustíveis, pois as pessoas
precisam daqueles produtos
para comer e viver."
Segundo cálculos do IBPT,
foram arrecadados R$ 392,78
bilhões no semestre -inclui as
receitas da União, dos Estados
e dos municípios. Em valores
nominais, a arrecadação cresceu R$ 33,09 bilhões neste ano
em relação a 2005. Descontada
a inflação pelo IPCA, foram pagos mais R$ 18,85 bilhões.
Desse total, a União ficou
com R$ 12,71 bilhões (mais
4,95%); os Estados levaram R$
5 bilhões (5,1%), e os municípios, R$ 1,14 bilhão (5,94%). A
carga per capita subiu 8,97%,
para R$ 2.133 no semestre. No
ano, deverá ser de R$ 4.380, diz
o IBPT. Os contribuintes pagaram R$ 2,17 bilhões em tributos
por dia, R$ 90,42 milhões por
hora, R$ 1,5 milhão por minuto
ou R$ 25,11 mil por segundo.
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