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Bolsa perde fôlego,
mas lidera aplicações no mês de agosto
Rentabilidade de ações ficou em 3,15%, ante 0,70% dos fundos DI e 0,52% da caderneta de poupança
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar da perda de fôlego demonstrada nos últimos dias, a
Bolsa de Valores ainda conseguiu ser o destaque de agosto.
Com alta de 3,15%, a Bolsa brasileira deixou para trás as outras formas de aplicação.
Os juros básicos em níveis
baixíssimos têm afetado o retorno de aplicações como os
fundos DI e os CDBs. Em agosto, a rentabilidade média dos
CDS (Certificados de Depósito
Bancário, oferecidos pelos bancos a seus clientes) ficou em
0,68%. Os fundos DI, que seguem de perto a oscilação da
Selic, chegam ao fim do mês
com ganho estimado de 0,70%.
"A Bolsa conseguiu se destacar no mês devido à alta expressiva que acumulou mais para o
começo de agosto. Agora o mercado acionário passou a enfrentar pregões um pouco menos
animadores", diz Newton Rosa,
economista-chefe da Sul América Investimentos.
Na opinião de Rosa, "esse período mais turbulento não deve
se estender por muito tempo",
a não ser que comecem a surgir
dados econômicos muito fracos. "Vejo a Bolsa retomando a
força em breve", diz.
Para a poupança, o mês foi de
rentabilidade de 0,52%.
Desde que a taxa básica passou a ser reduzida de forma
mais intensa, nos últimos meses, ganhou força a discussão
em torno dos riscos de os investidores migrarem dos fundos
para a caderneta.
A vantagem da poupança está no fato de não cobrar taxa de
administração e IR (que pode
variar de 15% a 22,5%, dependendo do tempo de manutenção da aplicação).
O Copom (Comitê de Política
Monetária) se reúne hoje e
amanhã para definir o rumo
dos juros. A taxa básica da economia está em 8,75% anuais.
Para a maioria do mercado, o
Copom não irá alterar a taxa
básica até o final do ano. Dessa
forma, tanto os fundos DI, como a poupança e o CDB tendem a manter uma rentabilidade em linha com a verificada
em agosto até o final do ano.
"Com a redução da taxa Selic,
a poupança ficou mais interessante para os investidores que
não têm acesso a fundos DI ou
de renda fixa com taxas de administração inferiores a 0,5% a
1% ao ano", afirma o administrador de investimentos Fábio
Colombo.
O dólar, que deixou de ser
procurado como uma aplicação
há algum tempo, registrou valorização de 1,34% no mês. Assim, quem tivesse comprado
dólares teria tido uma rentabilidade em agosto mais interessante que a oferecida pelas aplicações de renda fixa.
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