São Paulo, terça-feira, 01 de outubro de 2002

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Início de mudança
Tradicional exportador de café em grãos, o Brasil começa a incrementar as vendas do produto industrializado no mercado externo, o que deve aumentar as receitas recebidas por produtores e indústrias, segundo o Sindicafé (sindicato das indústrias de torrefação).

Exportações
Na semana passada, dez empresas de café fizeram contatos que deverão gerar negócios de US$ 15 milhões em 2003. Elas participaram da Ficex, feira voltada para a exportação que foi promovida pela Apex e pela Camex junto com a Abras 2002. O Sindicafé de São Paulo ficou encarregado da parte do café.

Açúcar por aqui...
Os preços do açúcar subiram 10,1% na semana passada, conforme acompanhamento de preços do Cepea. Os preços chegaram a R$ 27,94 por saca de 50 quilos. Os aumentos ocorreram devido à redução na oferta, segundo o Cepea.

...álcool por lá
A produção de álcool avança nos EUA. Em agosto, o setor produziu o recorde de 21,6 milhões de litros por dia. A produção deste ano deverá atingir 7,6 bilhões de litros. Quando todas as plantas industriais do setor estiverem funcionando, a produção dos EUA atingirá 10,5 bilhões de litros. Estão chegando ao patamar brasileiro.

Boi e câmbio
Rodrigo Brolo, da Termo Multistock, diz que o movimento de alta do boi no mercado futuro está relacionado ao câmbio. A qualquer momento o mercado poderá realizar lucros.

Preços elevados
A pesquisa diária de preços Folha dos principais produtos agrícolas mostrou que setembro foi novo período de alta. Com esse reajuste, a evolução de preços chega a dobrar para alguns produtos nos últimos 12 meses.

Liderança para o trigo
Em média, os produtores das regiões pesquisadas pela Folha estão recebendo R$ 37 por saca, 127% a mais do que no mesmo período de 2001. A queda de produção no mercado externo, o dólar elevado e as dificuldades de importação da Argentina vêm empurrando os preços para cima.

Milho vem a seguir
Os preços do milho também deram um salto nos últimos 12 meses no mercado brasileiro. Em média, a saca é negociada a R$ 18,40 (em alguns lugares chega a R$ 22), com alta de 83% em relação ao mesmo período do ano passado.

Alta da soja
A soja continua sendo a estrela do campo, roubando área de pastos e de outras culturas. A alta contínua nos últimos meses levou a saca para R$ 41 ontem, em média (em algumas regiões chega a R$ 45). A alta acumulada em 12 meses é de 55%.

Café e carnes
Até o café ganhou preço nos últimos meses. Após seguidas quedas, o produto conseguiu acumular 31% em 12 meses. A alta do arroz foi de 21%; a do feijão, de 29%; a do frango, de 39%; a da carne suína, de 14%; e a do boi, de 11%.

E-mail: mzafalon@folhasp.com.br


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