São Paulo, quinta-feira, 01 de novembro de 2007

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Governo do Rio ameaça cortar gás das térmicas

DA SUCURSAL DO RIO

O secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado do Rio, Júlio Bueno, anunciou ontem que o governo fluminense aumentará em janeiro o preço do gás para geração térmica e fez a ameaça velada de cortar o abastecimento de gás das termelétricas caso a Petrobras insista em reduzir o fornecimento à CEG (Companhia Estadual de Gás).
De acordo com Bueno, a Constituição determina que cabe aos Estados a tarefa de distribuir o gás, cujo preço "é irreal" quando cobrado às térmicas. "Se a gente for no limite do confronto, o poder de distribuição é do Rio de Janeiro, é dos Estados. O parque térmico está todo no Rio. Então, a gente pode chegar ao absurdo de dizer que não vai despachar para a térmica, vai despachar para a indústria tal", afirmou.
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico divulgou que, para as indústrias de grande porte (com contratos de fornecimento de mais de 60 milhões de m3 de gás por mês), o tributo cobrado é de R$ 0,1470 em tarifa de R$ 0,6677. Já para as termelétricas, são R$ 0,0014 em uma tarifa de R$ 0,2877.
"O governo do Estado vai aumentar a tarifa em janeiro. A tarifa de distribuição é hoje muito baixa para a área térmica. Minha proposta para o governador vai ser aumentar a tarifa para dar competitividade ao óleo combustível, aumentando o imposto também", disse Bueno. (SERGIO TORRES)


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