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Inflação da zona do euro é a maior em mais de dois anos
DA REDAÇÃO
Energia e alimentos fizeram
a inflação na zona do euro atingir, no mês passado, a maior alta em mais de dois anos. Os preços na região subiram 2,6%, ante 2,1% no mês anterior.
A taxa ficou acima da meta do
BCE (Banco Central Europeu)
-que é de "em torno de" 2%- e
já desperta temores de que possa chegar a 3%, o que só aconteceu em maio de 2001.
Apesar das pressões inflacionárias, a valorização do euro e
as perspectivas de um menor
crescimento da região nos próximos meses devem tornar
mais difícil, segundo analistas,
uma nova elevação na taxa de
juros dos 13 países que usam a
moeda européia.
Após a decisão do Fed (Federal Reserve, o banco central dos
Estados Unidos) de cortar a taxa de juros norte-americana
em 0,25 ponto percentual, para
4,50%, o euro e o ouro bateram
recordes.
A moeda européia chegou a
valer ontem US$ 1,4504 e, pela
primeira vez, superou a barreira de US$ 1,45. Para a cotação
do dólar, a queda nos juros tem
um efeito negativo, por diminuir o rendimento dos títulos
investidos na moeda -reduzindo a procura pelo dólar.
A desvalorização da moeda e
a busca por ativos que possam
ter maiores rendimentos fizeram com que o ouro fosse cotado acima de US$ 800 por onça
(31,1 gramas) no mercado eletrônico após o fechamento das
Bolsas.
A última vez que o metal valeu mais de US$ 800 foi em
1980, quando chegou a US$
875. Em termos reais (levando
em conta a inflação americana
no período), o ouro teria hoje
um valor superior a US$ 2.000.
Com agências internacionais
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