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MERCADO FINANCEIRO
'Realização de lucro' faz Bolsa cair 5%
da Reportagem Local
Após sucessivos pregões de alta,
a Bolsa de Valores de São Paulo registrou forte queda de 5,08% ontem, último pregão de novembro.
O movimento foi entendido por
especialistas do mercado como
mera realização de lucros, sem
maiores implicações.
Ou seja, alguns investidores, satisfeitos com a forte alta dos últimos meses, aproveitaram o fechamento do mês para vender seus
papéis e embolsar o lucro obtido.
Não foram vistos sinais de problemas fundamentais que teriam
levado à venda. Alguns operadores
garantiram que, se os investidores
estrangeiros não compraram para
segurar o mercado, também não
foram os vendedores de ontem.
Além de uma realização por conta das recentes altas -de 30 de outubro até sexta-feira o Ibovespa subiu 39,8%-, a Bolsa paulista foi
no embalo dos demais mercados
acionários do mundo.
A queda começou na Ásia, passou pela Europa e terminou nos
Estados Unidos, cuja Bolsa de Nova York registrou forte queda de
2,32%. Tudo realização de lucros,
segundo os analistas.
A queda em Nova York foi a pior
dos últimos dois meses. A baixa foi
liderada pelas ações das empresas
fabricantes de computadores, como IBM, e dos bancos, já que alguns analistas reduziram suas expectativas em relação ao resultado
desses setores no último trimestre.
O C-bond, principal título da dívida renegociada do país, seguiu a
tendência do mercado acionário e
caiu. Sua cotação baixou para 66%
do valor de face. Na sexta-feira, o
papel fechou negociado a 67,5%.
O governo seguiu baixando os
juros em 0,2 ponto percentual no
overnight, conforme sinalizado na
quinta-feira da semana passada
(quando abandonou o padrão anterior de baixa diária de 0,5 ponto).
Tomou recursos no mercado a
34,40% ao ano.
Os mercados futuros de câmbio e
juros seguiram a tendência negativa do dia, ditada pela Bolsa.
Na BM&F, a taxa de um ano (dos
contratos de swap) subiu de 27,2%,
na sexta, para 27,9%.
Até as 19h, o fluxo cambial estava
negativo em US$ 31 milhões.
O Banco Central promoveu a última alteração na minibanda cambial de novembro, desvalorizando
piso e teto em 0,08%. O novo piso
ficou em R$ 1,189, e o novo teto, em
R$ 1,202.
(VANESSA ADACHI)
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