São Paulo, sexta-feira, 02 de janeiro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Medidas do governo só atenuam impacto da crise, afirma analista

DA REPORTAGEM LOCAL

As medidas já anunciadas pelo governo (linhas de crédito para as montadoras, extensão de prazos para pagamento de impostos e mais investimentos para o PAC) e as que estão sendo preparadas (caso de pacote habitacional que deve ser lançado neste mês) podem minimizar mas não impedir os efeitos da crise na economia e no mercado de trabalho.
"As ações podem minimizar [o impacto], mas não vão impedir a violência da desaceleração econômica que está por vir. Será a maior freada a que já assistimos", diz Fabio Silveira, sócio-diretor da RC Consultores.
Para o Dieese, além das medidas já anunciadas, o que pode aplacar os efeitos da crise são as contratações temporárias no comércio e em serviços em razão da demanda do segmento turístico. "Com o dólar mais caro, cresce a procura pelo turismo interno. Esse aumento pode sustentar a renda e o nível de atividade no final de 2008", afirma Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Dieese.
Mas ele ressalta que, se o país não crescer entre 3% e 3,5% em 2009, não há como reduzir o desemprego e criar o cerca de 1,5 milhão a 1,8 milhão de vagas necessárias para absorver os que ingressam a cada ano no mercado de trabalho. (CR)


Texto Anterior: Emprego deve ter pior 1º tri desde 2003
Próximo Texto: Aumento real fica mais distante neste ano
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.