|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Bovespa se recupera com alta de 6,29% na semana
Dólar volta a cair e fecha as operações em R$ 1,746
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar do mau resultado registrado pelo mercado de trabalho americano, as Bolsas de
Valores encerraram a semana
em terreno positivo. A Bovespa, após um mês de janeiro de
fortes perdas, terminou o primeiro dia de fevereiro com alta
de 2,67%, aos 61.079 pontos.
Na semana, a Bovespa teve
valorização de 6,29%.
Notícias envolvendo fusões e
aquisições movimentaram os
mercados acionários ontem. A
operação que mais chamou a
atenção foi a da oferta da Microsoft pelo Yahoo!. Também
repercutiu a informação de que
a Alcoa e a Chinalco uniram
forças para adquirir participação na Rio Tinto.
Em Wall Street, a Bolsa de
Nova York subiu 0,73%. A Nasdaq se valorizou em 0,98%.
Nas Bolsas européias, dia
também positivo: 2,54% em
Londres e 1,71% em Frankfurt.
"Os dados do mercado de trabalho americano vieram muito
ruins. A redução dos postos de
trabalho foi preocupante", afirma Alex Agostini, economista
da consultoria Austin Rating.
Para o economista, o cenário
americano "não é de colapso",
mas trará muitos ajustes, especialmente neste primeiro trimestre. "A situação deve melhorar apenas no segundo semestre, e gradativamente."
Em janeiro, houve a eliminação de 17 mil postos de trabalho
nos Estados Unidos. Com mais
esse indício de que a economia
pode entrar em um período recessivo, o mercado já começou
a prever uma nova redução dos
juros americanos no próximo
encontro do Fed (BC dos EUA).
O Fed anunciou que fará ao
menos mais dois leilões para
disponibilizar recursos aos
bancos neste mês -o montante
pode chegar a US$ 60 bilhões.
Ações em recuperação
Com os ganhos da semana, a
baixa acumulada no ano pela
Bolsa diminuiu para 4,39%. Em
janeiro, a queda foi de 6,88%.
Das 64 ações do índice Ibovespa, 52 encerraram a semana
com ganhos acumulados.
Ontem, as ações de Bradespar (PN) e Vale (PNA) apareceram entre as que mais subiram,
com ganhos de 8,20% e 4,98%,
respectivamente.
O banco JP Morgan reduziu a
recomendação para as ações
brasileiras para "neutra" e elevou a classificação das do México para "overweight" (acima da
média do mercado).
O real manteve a valorização
e terminou a semana ainda
mais apreciado. Ontem o dólar
teve queda de 0,85% e fechou a
R$ 1,746 -a segunda menor cotação registrada no ano.
A sinalização do Copom de
que pode subir os juros se a inflação se tornar uma ameaça
fortalece o cenário de apreciação do real. Investidores internacionais tendem a trazer mais
capital para o país, atraídos pela diferença de juros entre países como os EUA (onde as taxas
têm sido reduzidas) e o Brasil.
Texto Anterior: Embalagem: Suspeitas de maquiar produtos são multadas Próximo Texto: Crise: Crédit também pode tentar comprar Société Générale Índice
|