São Paulo, sábado, 02 de fevereiro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Bovespa se recupera com alta de 6,29% na semana

Dólar volta a cair e fecha as operações em R$ 1,746

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar do mau resultado registrado pelo mercado de trabalho americano, as Bolsas de Valores encerraram a semana em terreno positivo. A Bovespa, após um mês de janeiro de fortes perdas, terminou o primeiro dia de fevereiro com alta de 2,67%, aos 61.079 pontos.
Na semana, a Bovespa teve valorização de 6,29%.
Notícias envolvendo fusões e aquisições movimentaram os mercados acionários ontem. A operação que mais chamou a atenção foi a da oferta da Microsoft pelo Yahoo!. Também repercutiu a informação de que a Alcoa e a Chinalco uniram forças para adquirir participação na Rio Tinto.
Em Wall Street, a Bolsa de Nova York subiu 0,73%. A Nasdaq se valorizou em 0,98%.
Nas Bolsas européias, dia também positivo: 2,54% em Londres e 1,71% em Frankfurt.
"Os dados do mercado de trabalho americano vieram muito ruins. A redução dos postos de trabalho foi preocupante", afirma Alex Agostini, economista da consultoria Austin Rating. Para o economista, o cenário americano "não é de colapso", mas trará muitos ajustes, especialmente neste primeiro trimestre. "A situação deve melhorar apenas no segundo semestre, e gradativamente."
Em janeiro, houve a eliminação de 17 mil postos de trabalho nos Estados Unidos. Com mais esse indício de que a economia pode entrar em um período recessivo, o mercado já começou a prever uma nova redução dos juros americanos no próximo encontro do Fed (BC dos EUA).
O Fed anunciou que fará ao menos mais dois leilões para disponibilizar recursos aos bancos neste mês -o montante pode chegar a US$ 60 bilhões.

Ações em recuperação
Com os ganhos da semana, a baixa acumulada no ano pela Bolsa diminuiu para 4,39%. Em janeiro, a queda foi de 6,88%.
Das 64 ações do índice Ibovespa, 52 encerraram a semana com ganhos acumulados.
Ontem, as ações de Bradespar (PN) e Vale (PNA) apareceram entre as que mais subiram, com ganhos de 8,20% e 4,98%, respectivamente.
O banco JP Morgan reduziu a recomendação para as ações brasileiras para "neutra" e elevou a classificação das do México para "overweight" (acima da média do mercado).
O real manteve a valorização e terminou a semana ainda mais apreciado. Ontem o dólar teve queda de 0,85% e fechou a R$ 1,746 -a segunda menor cotação registrada no ano.
A sinalização do Copom de que pode subir os juros se a inflação se tornar uma ameaça fortalece o cenário de apreciação do real. Investidores internacionais tendem a trazer mais capital para o país, atraídos pela diferença de juros entre países como os EUA (onde as taxas têm sido reduzidas) e o Brasil.


Texto Anterior: Embalagem: Suspeitas de maquiar produtos são multadas
Próximo Texto: Crise: Crédit também pode tentar comprar Société Générale
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.