|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Bolsa inverte rumo e inicia mês em alta; dólar recua
Dados dos EUA animam; moeda recua para R$ 1,861
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Após um fechamento de janeiro bastante desanimador, o
mercado financeiro iniciou este mês em outro ritmo. As Bolsas subiram em quase todo o
mundo, amparadas por dados
econômicos favoráveis. Na
BM&FBovespa, o que se viu foi
uma alta de 1,79% ontem.
O mercado de câmbio não se
isolou, e o dólar devolveu parte
de sua escalada recente. Em relação ao real, a moeda norte-americana perdeu 1,27% de seu
valor, indo para R$ 1,861.
Os mercados abriram em rota de alta, embalados por números melhores que os projetados nos EUA. A elevação da
renda e dos gastos dos norte-americanos em dezembro foi
recebida com entusiasmo.
Houve também a apresentação
da atividade manufatureira no
país, que, segundo o instituto
ISM, expandiu-se pelo sexto
mês consecutivo.
O índice Dow Jones, que reúne 30 das mais negociadas
ações norte-americanas, terminou com alta de 1,17%. Para a
Bolsa eletrônica Nasdaq, o dia
foi de apreciação de 1,11%.
Na zona do euro, a atividade
manufatureira alcançou em janeiro seu maior nível em cerca
de dois anos. A Bolsa de Londres subiu 1,14%, e a de Frankfurt ganhou 0,81%.
Com o clima mais animado
no exterior, os estrangeiros voltaram a comprar ações brasileiras. Uma das mais procuradas
ontem pelo capital externo, segundo operadores, foi a Cosan,
que anunciou uma aliança com
a Shell. As ações ordinárias da
Cosan avançaram 10,70%.
Outro destaque do dia foram
as ações ON do Banco do Brasil,
que registraram apreciação de
6,76%. O banco informou que
seu balanço do quarto trimestre contará com um impacto
positivo de R$ 1,6 bilhão.
A Bolsa brasileira operou no
vermelho por breve momento
ontem, tendo marcado baixa de
apenas de 0,06% na mínima.
No pico, bateu em 66.763 pontos, com apreciação de 2,08%.
A apreciação das commodities, motivada por dados econômicos que apontaram a continuidade da expansão da China neste começo de ano, também serviu de estímulo para as
compras de ações. No segmento de siderurgia e mineração, o
mais sensível ao desempenho
do gigante asiático, os principais papéis negociados na
BM&FBovespa tiveram altas.
A Vale puxou as outras companhias do segmento. Suas
ações terminaram o pregão
com apreciações de 3,46%
(PNA) e 3,02% (ON). Logo
atrás vieram Companhia Siderúrgica Nacional ON (2,27%) e
Usiminas PNA (1,63%).
A recuperação do petróleo
-que subiu 2,11% em Nova
York, para US$ 74,43- também foi levada em consideração pelos investidores. Quem
mais se beneficiou foi a ação
ON da OGX Petróleo, que subiu
2,97%. As ações PN da Petrobras ganharam 0,38%.
Apesar do início de semana
animador, analistas lembram
que ainda é cedo para falar em
virada de rumo. "No que depender da agenda da semana,
não faltarão motivos para que
os mercados financeiros mundiais e locais sigam voláteis e
sem um viés muito definido. Os
investidores terão que analisar
muitos dados e alguns comunicados de política monetária",
afirma Miriam Tavares, diretora da corretora AGK.
Entre os tópicos que prometem agitar os próximos pregões, estão o relatório de emprego dos EUA e as reuniões de
política monetária do BCE
(Banco Central Europeu) e do
Banco da Inglaterra. No Brasil,
os investidores aguardam a
apresentação, na quinta-feira,
da ata do último encontro do
Copom. Espera-se que a ata
traga sinais de quando os juros
começarão a subir no país.
Texto Anterior: Evasão fiscal: Alemanha pode comprar dados roubados de bancos suíços Próximo Texto: Vaivém das commodities Índice
|