São Paulo, terça-feira, 02 de março de 2004

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COMÉRCIO EXTERIOR

Saldo já alcançou US$ 3,57 bi no ano

Superávit comercial bate recorde em fevereiro e para o 1º bimestre

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A balança comercial brasileira surpreendeu mais uma vez e fechou o primeiro bimestre com valores recordes para o período. Nos primeiros dois meses do ano, o país exportou US$ 11,522 bilhões, 17,5% a mais do que em janeiro e fevereiro de 2003.
O resultado das boas exportações foi um saldo comercial recorde para o período, de US$ 3,57 bilhões. O valor é 57,3% maior que o registrado no primeiro bimestre de 2003.
Em fevereiro, as exportações fecharam em US$ 5,722 bilhões (maior valor da história para o mês), 14,4% a mais que no mesmo período do ano passado. Como as importações ficaram em US$ 3,74 bilhões, o saldo no mês foi de US$ 1,982 bilhão.
No acumulado de 12 meses, os dados também são os maiores da história para qualquer período de um ano: exportações de US$ 74,8 bilhões e saldo de US$ 26,123 bilhões.
As vendas de milho, soja, carne de frango e de boi e minério de ferro são as principais responsáveis pelos resultados. As exportação de produtos básicos, como um todo, cresceram 35,3%.
"O crescimento significativo das exportações do complexo de carne deve-se, em parte, às epidemias da gripe aviária e da doença da vaca louca", afirma nota divulgada ontem pelo Ministério do Desenvolvimento.
As doenças sanitárias não ajudaram apenas as vendas de carne. Também aumentaram a cotação do milho e da soja para a produção de ração animal. No mês passado, por exemplo, a tonelada da soja estava em US$ 280, 31% a mais que em fevereiro de 2003.
As vendas de produtos manufaturados, com maior valor agregado, cresceram 13,6% no primeiro bimestre (US$ 6,108 bilhões). Um dos destaques foi a venda de automóveis, que chegou a US$ 189 milhões no mês passado. Produtos cuja participação na pauta brasileira ainda é pequena também tiveram crescimento em fevereiro: veículos e materiais para vias férreas (700%), ferramentas eletromecânicas com motor (134%) e helicópteros (117%).
As importações do primeiro bimestre ficaram em US$ 7,952 bilhões, atrás do resultado dos dois primeiros meses de 2001 (US$ 9,019 bilhões).
Embora não sejam recordes, as importações neste ano estão 5,5% acima das registradas no mesmo período de 2003. A importação de bens de consumo cresceu 22,9%. (ANDRÉ SOLIANI)


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