São Paulo, segunda-feira, 02 de abril de 2007

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Emprego nos EUA são destaque de semana curta

Com feriado, mercado no Brasil terá semana menor

DA REPORTAGEM LOCAL

A semana será mais branda no que se refere à divulgação e realização de eventos econômicos. Mas, como o mercado global anda bastante sensível, especialmente a dados da economia norte-americana, qualquer número fora das expectativas pode acabar por mexer com Bolsas de Valores, títulos e moedas pelo mundo.
O mercado brasileiro terá uma semana mais curta, devido ao feriado de sexta-feira.
Nos Estados Unidos, praticamente em todos os dias da semana haverá divulgação de dados econômicos.
Números do instituto privado ISM (sigla em inglês para Instituto de Gestão de Oferta) estão na agenda.
Hoje o ISM vai divulgar o resultado do índice do setor de manufaturas de março. Na quarta-feira, o instituto apresentará números do setor de serviços.
Como esses dados são importantes demonstradores do aquecimento econômico do país, podem ter resposta importante do mercado se vierem muito desfavoráveis.
Amanhã, os Estados Unidos divulgam números referentes à venda de casas e de veículos. O setor imobiliário é uma das principais preocupações da economia do país.
E na sexta-feira, analistas e investidores conhecerão dados do mercado de trabalho americano. Assim, esse pode ser o dia mais agitado da semana.
Como no Brasil não haverá negócios nos mercados na sexta, o reflexo desses números só será sentido no início da próxima semana.
"A importante agenda dos próximos dias deve manter os mercados internacionais voláteis, com esperado contágio para a Bolsa brasileira. Dados de crescimento americano muito diferentes do esperado devem ser mal recebidos pelos mercados e podem provocar quedas das ações", afirma Júlio Martins, diretor da Prosper Gestão de Recursos.
Na sexta-feira passada, foi conhecido o PCE (indicador de gastos com consumo pessoal nos EUA) de fevereiro. O núcleo do indicador, que desconta os itens mais voláteis, subiu 0,3%, contra projeções de 0,2%. O número projeta uma inflação de 2,4% em 12 meses, acima do considerado confortável pelo Fed (Federal Reserve, o BC americano).
"Esses números sugerem que o consumidor está em terreno um pouco mais sólido do que prevíamos. Os dados de preços devem manter o Fed concentrado na inflação, e não nos riscos ao crescimento", disse à Reuters David Sloan, economista da consultoria 4cast, em Nova York.
Como o PCE é um dos índices que mais preocupam os integrantes do BC dos Estados Unidos, o fato de ter vindo mais forte que o desejado levou o mercado a passar a achar menos provável que a autoridade monetária venha a cortar os juros americanos ainda neste primeiro semestre.
A taxa básica de juros dos EUA está em 5,25% anuais -a última mudança foi em junho de 2006. Muitos analistas vinham contando com a possibilidade de a taxa ser reduzida na reunião de junho do Fed.

Inflação
No Brasil, o mais relevante será a divulgação de dados de inflação referentes a março.
Hoje a FGV (Fundação Getulio Vargas) divulga seu índice de preços ao consumidor do mês. As projeções do mercado apontam para uma taxa em torno de 0,46%.
Na quarta-feira é a vez da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) apresentar seu índice de preços. A expectativa é que o indicador registre elevação de 0,17%.


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