|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Bolsa de SP atinge maior nível desde 2008
Com alta de 1,09% ontem, o índice Ibovespa chegou ao pico em quase 22 meses, com 71 mil pontos; o dólar recuou 0,67%
Resultados econômicos
animadores na Europa, nos
EUA e na Ásia elevaram
compras de ações; papel da Vale foi o mais negociado
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
No último dia de negócios da
semana, a BM&FBovespa retomou um patamar que não atingia desde antes da intensificação da crise financeira de 2008.
Ontem o índice Ibovespa, o
principal do mercado local, fechou com 71.136 pontos, após
alta de 1,09%, e alcançou seu pico em quase 22 meses.
No segmento de câmbio, o
dólar perdeu força e terminou
cotado a R$ 1,769, depois de recuar 0,67% diante do real.
A Bolsa brasileira acompanhou o cenário de ganhos que
marcou os principais centros
acionários do mundo. Números consistentes de atividade
manufatureira na Europa, na
Ásia e nos Estados Unidos
trouxeram otimismo e alimentaram as compras de ações.
A Europa, animada com indicadores industriais fortes, se
destacou, com as ações da
maioria das grandes companhias em alta. A Bolsa de
Frankfurt subiu 1,33%, e a de
Londres, 1,15%. O FTSEurofirst 300, índice que reúne as
principais ações da Europa, alcançou o máximo em 18 meses.
"Vários dados econômicos,
com destaque para os de atividade manufatureira, ajudaram
a dar ânimo aos investidores",
diz Pedro Galdi, chefe de análise da corretora SLW.
O índice de atividade manufatureira na zona do euro alcançou em março seu mais elevado patamar em 40 meses.
Apenas a Grécia decepcionou,
sendo o único país da zona do
euro a apresentar retração. Sua
produção industrial sofreu, no
mês passado, o recuo mais expressivo desde abril de 2009.
Já os EUA anunciaram que
sua atividade manufatureira
cresceu pelo oitavo mês consecutivo. Em Wall Street, o índice
Dow Jones subiu 0,65%. A Nasdaq teve alta de 0,19%.
"Se não houver nenhuma
surpresa desagradável, as Bolsas de Valores tendem a dar
continuidade à sua recuperação na próxima semana. No caso da Bolsa brasileira, podemos
até vê-la rumo aos 73 mil pontos", afirma Galdi.
Ásia ajuda
A China também foi palco de
apresentação de dados industriais animadores, o que favoreceu os resultados das Bolsas na
Ásia. A Bolsa de Xangai teve alta de 1,23%. Em Tóquio, o índice Nikkei ganhou 1,39%.
"Os dados da China também
estimularam a compra por
commodities. Tanto petróleo
como commodities metálicas
terminaram com apreciação, o
que ajudou a Bolsa brasileira a
superar os 71 mil pontos", afirma o analista da SLW. Nos
EUA, o petróleo fechou ontem
em US$ 84,87 o barril, o maior
valor desde outubro de 2008.
A ação preferencial "A" da
Vale, a mais negociada do dia,
foi responsável por 13% de toda
a movimentação do pregão. Seu
papel PNA teve alta de 0,80%, e
o ON, de 1,01%. A empresa informou ontem que chegou a
acordo com a maioria de seus
clientes para fazer o reajuste
trimestral dos preços do minério de ferro. Para a ação preferencial da Petrobras, o resultado foi de valorização de 1,01%.
Como a BM&FBovespa estará fechada hoje, profissionais
do mercado esperavam que o
pregão de ontem fosse mais
morno. Mas o volume financeiro movimentado pelos investidores alcançou os R$ 6,01 bilhões, ficando dentro da média
diária deste ano.
Com o cenário internacional
favorável, os investidores estrangeiros marcaram presença
no pregão local, mantendo o
forte ritmo das últimas semanas. Em março, até o dia 30,
R$ 2,97 bilhões líquidos em capital externo foram destinados
à compra de ações brasileiras
-o melhor resultado mensal
desde setembro de 2009.
Na semana mais curta, o índice Ibovespa acumulou valorização de 3,57%.
Texto Anterior: Vinicius Torres Freire Próximo Texto: Frase Índice
|